Como funcionava o esquema 'parasita' de tráfico de drogas para Europa descoberto pela PF

Organizações criminosas têm criado estratégias para driblar a fiscalização

© Shutterstock

Mundo Drogas 18/04/24 POR Estadao Conteudo

A Polícia Federal do Rio Grande do Sul desarticulou nesta terça-feira, 16, uma quadrilha especializada no tráfico de cocaína para a Europa. A organização utilizava um método conhecido como "parasita", onde a droga era escondida em compartimentos submersos de cargueiros que partiam do Porto de Rio Grande, no extremo sul gaúcho.

PUB

Organizações criminosas têm apostado nesse tipo de estratégia para driblar a fiscalização, diante da dificuldade de identificar as cargas ilegais submersas. O Estadão mostrou que a técnica também tem sido a aposta mais recente do Primeiro Comando da Capital (PCC) para exportar drogas pelo Porto de Santos.

Durante as ações, policiais federais com o apoio da Brigada Militar, cumpriram 26 mandados de busca e apreensão no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no Paraná e 12 mandados de prisão preventiva.

Dez pessoas foram presas preventivamente por envolvimento no esquema, sendo 9 delas no Brasil e uma na Alemanha. Dois suspeitos, um do Paraná e outro do Rio Grande do Sul, seguem foragidos.'

'É importante lembrar que uma dessas ordens judiciais foi cumprida com o apoio da Interpol, Aeropol e da Polícia alemã, em que prendeu na manhã desta terça-feira (16), um indivíduo que seria um dos líderes dessa organização criminosa. O suspeito residia na Alemanha e foi detido na cidade portuária de Bremerhaven'', explicou o delegado Matheus Vivacqua Cechet.

Ele afirmou que foram cerca de dois anos de investigação, onde conseguiram identificar os integrantes da quadrilha internacional. ''Identificamos que os membros dessa organização criminosa, tanto no Porto de Rio Grande (RS) quanto no porto de Paranaguá (PR), utilizavam mergulhadores para contaminar e inserir drogas nos cascos dos navios que atracavam no porto gaúcho'', afirmou.

"No fim de 2023, conseguimos identificar que a quadrilha conseguiu contaminar um navio em Rio Grande. Esse navio tinha destino a Espanha, no Porto de Las Palmas. Fizemos contatos com as autoridades policiais de lá e apreenderam 198 kg de cocaína que partiram daqui", ressaltou o delegado.

O grupo enviava cocaína para outros países utilizando mergulhadores para esconder a droga na caixa de mar das embarcações.

A caixa de mar é um compartimento localizado na parte externa da embarcação, abaixo da linha da água, e tem por função é resfriar o motor, abastecer o sistema de combate a incêndio e descarregar água do navio.

Durante a operação policial, foram apreendidos documentos, além de embarcações de Itajaí (SC), veículos e diversos aparelhos celulares.

Outras três pessoas foram presas em flagrante por portarem armas sem registro. Um laboratório de drogas clandestino, onde a quadrilha processava e preparava os entorpecentes para venda e envio para a Europa, foi descoberto e interditado pela PF.

Batizada de 'Escafandrista', o nome faz referência ao equipamento de mergulho usado entre os séculos 19 e 20.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

brasil Rio Grande do Sul Há 16 Horas

Avião cai em Gramado; governador diz que não há sobreviventes

mundo EUA Há 20 Horas

Professora que engravidou de aluno de 12 anos é condenada

fama GUSTTAVO-LIMA Há 22 Horas

Gusttavo Lima é hospitalizado, cancela show no festival Villa Mix e fãs se revoltam

fama WILLIAM-BONNER Há 19 Horas

William Bonner quebra o braço e fica de fora do Jornal Nacional no fim do ano

brasil BR-116 Há 20 Horas

Acidente com ônibus, carreta e carro deixa 38 mortos em Minas Gerais

fama Pedro Leonardo Há 21 Horas

Por onde anda Pedro, filho do cantor Leonardo

lifestyle Smartphone Há 20 Horas

Problemas de saúde que estão sendo causados pelo uso do celular

esporte FUTEBOL-RIVER PLATE Há 20 Horas

Quatro jogadoras do River Plate são presas em flagrante por racismo

fama Vanessa Carvalho Há 20 Horas

Influenciadora se pronuncia após ser acusada de trair marido tetraplégico

mundo Síria Há 22 Horas

'Villa' luxuosa escondia fábrica da 'cocaína dos pobres' ligada a Assad