Ayrton Senna: 30 anos desde que a tragédia abalou os corações do Brasil e do mundo

Há quase 30 anos, em 1º de maio de 1994, Ayrton Senna morreu após bater no GP de San Marino de Fórmula 1. A morte da lenda brasileira chocou o esporte e provocou uma onda de tristeza em todo o mundo, especialmente aqui no Brasil, onde milhões de famílias assistiam a corrida ao vivo no feriado do Dia do Trabalho. Com uma carreira ilustre, Senna conquistou 41 vitórias em Grandes Prêmios e três Campeonatos de Pilotos. Três décadas depois daquele fatídico dia em Ímola, ele ainda é considerado um dos melhores pilotos de F1 de todos os tempos.

Para celebrar suas extraordinárias conquistas no volante, clique nesta galeria e faça uma retrospectiva comemorativa da vida e da época de Ayrton Senna.

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Ayrton Senna da Silva

Ayrton Senna da Silva nasceu em 21 de março de 1960, em São Paulo.

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Primeiros anos

Senna descobriu seu amor pelas corridas aos quatro anos de idade, quando seu pai o apresentou ao mundo do kart. O piloto iniciante começou a correr assim que recebeu permissão legal, aos 13 anos. Ele venceu o Campeonato Sul-Americano de Kart em 1977 e disputou o Campeonato Mundial de Kart todos os anos de 1978 a 1982, terminando vice-campeão em 1979 e 1980. Ele foi fotografado aqui em 1993, participando do evento Masters Karting em Bercy, Paris.

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Mudança para a Inglaterra

Em 1981, Senna mudou-se para a Inglaterra para começar a competir em corridas de monopostos (ou monolugares). Em 1983, ele já estava competindo na Fórmula Três. Ele foi fotografado ao volante de um Ralt RT3 em Thruxton em 3 de março daquele ano.

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Vencedor da Fórmula 3

De fato, o ano de 1983 foi um divisor de águas para Senna. Ele venceu o Campeonato Britânico de Fórmula 3 e, mais tarde, triunfou no primeiro Grande Prêmio de Macau de Fórmula 3 (foto). No final do ano, ele começou a fazer testes para a Fórmula 1.

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Estreia em Grandes Prêmios

Senna começou a pilotar na F1 em 1984, pela Toleman-Hart. Oportunamente, ele fez sua estreia na categoria mais avançada do automobilismo no GP do Brasil, no Rio de Janeiro (foto). A carreira meteórica do brasileiro na F1 estava engrenada e pronta para acelerar.

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Melhor da temporada

O melhor resultado de Senna na temporada foi o segundo lugar no GP de Mônaco, que ficou marcado pela chuva. Na verdade, a corrida foi interrompida na volta 13 por razões de segurança. Alain Prost ficou em primeiro lugar, com René Arnoux em terceiro.

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Primeira pole position na F1

Em busca de mudanças e de um carro melhor, Senna mudou-se para a equipe Lotus em 1985. Isso demonstrou ter sido uma jogada sábia. Na segunda etapa da temporada, no GP de Portugal, Senna conquistou a primeira pole position de sua carreira na Fórmula 1, e isso sob péssimas condições.

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Via rápida para o sucesso

Além de conquistar sua primeira vitória na F1 em Portugal, Senna fez a volta mais rápida da corrida. O brasileiro foi fotografado no pódio comemorando sua vitória histórica.

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Principal classificatória da F1

Sete pole positions em 1985 consolidaram sua reputação como mais rápido na classificação da F1. Ele foi fotografado liderando os carros no Grande Prêmio da Europa em Ímola em 5 de maio de 1985.

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Mais pole positions

Senna permaneceu na Lotus entre 1986 e 1987. Em 86, conquistou oito pole positions e esteve em outros oito pódios.

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Última temporada com a Lotus

A temporada de 1987 foi a última de Senna com a Lotus. A McLaren já havia manifestado interesse em conquistar o brasileiro e os excelentes motores da Honda. Ao longo do ano, Senna havia construído uma relação profunda com a Honda, o que rendeu grandes dividendos, já que a McClaren finalmente garantiu os motores V6 turbo da Honda para 1988.

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Campeão pela primeira vez na F1

Senna, agora pilotando pela McLaren com a impressionante McLaren MP4/4, começou a temporada de 1988 sendo desclassificado, no Brasil, por uma questão técnica. Foi um péssimo começo. Mas em sua primeira temporada com sua nova equipe, Senna venceu um recorde de oito corridas e conquistou seu primeiro campeonato de Fórmula 1.

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Ayrton Senna e Alain Prost

No entanto, o ano de 1988 acabaria sendo lembrado pela intensa rivalidade entre Senna e o companheiro de McLaren e já bicampeão mundial Alain Prost, uma competição pessoal entre os dois que perduraria pelos cinco anos seguintes.

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Grande rivalidade

As tensões entre Senna e Prost aumentaram em várias ocasiões durante a temporada de 1988. Mas a experiente dupla percebeu que, apesar da rivalidade pessoal, eles tinham que trabalhar juntos, especialmente nos testes, para se manter à frente de suas principais concorrentes: Ferrari, Williams, Benetton e Lotus. Raramente tendo procupações com os rivais, a dupla conquistou 15 vitórias em 16.

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A animosidade cresce

O campeonato mundial de 1989 viu a animosidade entre o brasileiro e o francês se aprofundar.

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Mais subterfúgios

Durante a penúltima corrida da temporada de 1989 em Suzuka, no Japão, Senna precisava vencer para manter o título. Prost, porém, provocou uma colisão que paralisou os dois. Enquanto o francês decidiu abandonar a corrida, Senna pediu aos comissários um push-start, técnica de dar partida em um carro de corrida empurrando-o manualmente. E recebeu autorização. O brasileiro venceu a prova, mas foi desclassificado, entregando assim o campeonato ao rival.

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Curso de colisão

O incidente em Suzuka marcou uma nova baixa nas relações entre os dois ex-companheiros de equipe. Em 1990, Prost, campeão mundial e agora pilotando pela Ferrari, estava ansioso para manter seu título. Senna, no entanto, tinha ideias diferentes e, demonstrando determinação, resiliência e paixão típicas, assumiu a liderança do campeonato com seis vitórias. Mas, em uma repetição das peripécias do ano anterior – e ironicamente no mesmo circuito no Japão – Senna deliberadamente bateu em Prost. A dupla é fotografada caminhando em direção ao pit após a colisão.

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Campeão pela segunda vez na F1

Senna, então com 30 anos, conquistou seu segundo Campeonato de Pilotos em 1990, tomando o título de Prost.

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A temporada de 1991

Senna venceu o Grande Prêmio dos Estados Unidos de 1991 com o novo McLaren MP4/6, que usava o motor Honda V12.

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Novo companheiro de equipe, novos desafios

Senna, visto aqui com o companheiro Gerhard Berger e a equipe da McLaren, venceu 7 das 16 corridas. Seu principal desafiante ao título foi Nigel Mansell. Prost, por sua vez, não conseguiu vencer uma corrida sequer com a Ferrari.

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Campeão pela terceira vez na F1

Ayrton Senna coroou a temporada de 1991 com a conquista de seu terceiro e último Campeonato de Pilotos.

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Sem grandes recursos

A temporada de 1992 viu Nigel Mansell emergir como uma séria ameaça para Ayrton Senna, o que foi agravado pelo fato de que Mansell estava pilotando o carro FW14B da Williams, uma máquina que a McLaren simplesmente não conseguia igualar em termos de potência e desempenho. Senna foi fotografado recebendo uma carona de volta aos boxes por Mansell depois que ficou sem combustível durante o GP da Inglaterra em 14 de julho de 1991.

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Guerra de palavras

E 1992 foi também o ano em que o astro em ascensão Michael Schumacher começou a deixar sua marca. Senna via o alemão como uma ameaça à sua supremacia na Fórmula 1, e a relação entre os dois nunca foi boa. De fato, em um treino de testes para o GP da Alemanha, Senna e Schumacher tiveram um confronto nos boxes (foto), com Senna agarrando Schumacher pelo colarinho e acusando-o de colocá-lo em perigo ao bloqueá-lo na pista.

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Futuro incerto

Apesar das vitórias em Mônaco, Hungria e Itália naquele ano, Senna não conseguiu manter sua coroa na F1, com Mansell vencendo o Campeonato de Pilotos de 1992. Além disso, Senna não tinha assinado contrato com nenhuma equipe até o final daquele ano, e as especulações sobre o futuro do brasileiro eram abundantes.

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Um acordo de corrida a corrida

Senna finalmente concordou com um acordo de corrida a corrida para pilotar os carros da McLaren com motor Cosworth, já que seu antigo rival Alain Prost já havia garantido uma vaga na Williams.

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A antiga rivalidade reacendeu

Com Prost num carro mais potente, a maioria dos comentaristas esperava que o francês engrenasse e passasse à frente do brasileiro. Mas, contra todas as expectativas, Senna igualou a vitória de Prost nas seis primeiras corridas e liderou a classificação dos pilotos. Uma vitória marcante foi no GP da Europa, em Donington Park, na Inglaterra, quando Senna recebeu a bandeira quadriculada sob um circuito coberto de chuva. Senna e Prost estão aqui fotografados na batalha do dia.

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Última subida ao pódio

A temporada de 1993 terminou na Austrália, com Senna conquistando sua 41ª vitória de sua carreira na F1, no entanto, Prost sagrou-se campeão mundial pela quarta vez. Ninguém fazia ideia na época, mas essa seria a última aparição da lenda brasileira no pódio.

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Premonição?

Em 1994, Senna pôde finalmente se juntar à equipe Williams depois que Prost se aposentou. Às vésperas da temporada, Senna previu assustadoramente os acontecimentos de 1º de maio de 1994. "Os carros são muito rápidos e difíceis de pilotar. Vai ser uma temporada com muitos acidentes e vou arriscar dizer que teremos sorte se algo realmente sério não acontecer."

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Desempenho abaixo do esperado

O campeonato mundial de 1994 teve início no Brasil. Senna rapidamente expressou insatisfação com o desempenho de seu carro e se viu em uma corrida apertada com a Benetton B194 de Michael Schumacher. Senna, Jean Alesi, Damon Hill e Michael Schumacher foram fotografados na largada do Grande Prêmio do Brasil em Interlagos em 27 de março de 1994.

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Grande Prêmio de San Marino de 1994

Na véspera da corrida em Ímola, Senna relatou: "Meu carro reage um pouco nervoso nesse tipo de superfície. Decorre da aerodinâmica especial, mas também tem a ver com uma dificuldade na suspensão." Então, depois de ser aconselhado a desistir da corrida após o acidente fatal de Roland Ratzenberger nas classificatórias, ele disse: "Há certas coisas sobre as quais não temos controle. Não posso desistir. Tenho que continuar."

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Tragédia

Em 1º de maio de 1994, Ayrton Senna foi fatalmente ferido após seu carro bater em uma barreira de concreto enquanto liderava o GP de San Marino. Mais tarde, ele morreu no Hospital Maggiore, em Bolonha. Ao falar anteriormente sobre o medo, Senna ponderou: "Para sobreviver em Grandes Prêmios, você precisa ter medo. O medo é um sentimento importante. Isso ajuda você a correr mais e viver mais."

Fontes: (Formula 1) (Britannica) (RaceFans) (Medium) (Senna) (ESPN) 

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