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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Professores da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) aprovaram nesta quarta (24) adesão à greve nacional de docentes de universidades e institutos federais por reajuste salarial. Os profissionais planejam parar a partir de segunda-feira (29).
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Ao menos 31 instituições federais estão com aulas suspensas. São 26 universidades, quatro institutos federais e um centro tecnológico.
Os docentes exigem reajuste salarial de 22%, a ser dividido em três parcelas iguais de 7,06% –a primeira ainda para este ano e outras para 2025 e 2026.
Na sexta-feira (19), o governo Lula (PT) fez uma contraproposta: de 9% de reajuste em 2025 e 3,5% em 2026. Ainda não houve resposta do Andes-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior).
O sindicato afirma que, além da recomposição salarial, existe a necessidade de investimentos públicos nas instituições federais de educação, diante da corrosão desses investimentos no governo passado, sob Jair Bolsonaro (PL).
O MEC (Ministério da Educação) diz que busca alternativas de valorização dos servidores da educação.
Na semana passada, o presidente Lula defendeu o direito à greve ao comentar sobre as reivindicações salariais dos servidores públicos. Lula disse que a ministra Esther Dweck (Gestão e da Inovação em Serviços Públicos) está "fervilhando de problemas", por suas negociações com servidores públicos.
"A gente pode até não gostar, mas [greves] são direito democrático dos trabalhadores. Não tenho moral para falar contra greve, nasci das greves. Então sou obrigado a reconhecer."
Estudantes da Unifesp comemoraram a adesão de seus professores ao movimento. Os centros acadêmicos emitiram notas apoiando a decisão."Todos sabemos dos problemas enfrentados por eles. Vamos apoiá-los até o fim", diz Melissa Duarte, 23, estudante de ciências biológicas no campus Diadema, na Grande São Paulo.INSTITUIÇÕES EM GREVE
Instituto Federal do Sul de Minas Gerais (IFSULDEMINAS) - campi Pouso Alegre e Poços de Caldas; Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) - campus Rio Grande; Instituto Federal de São Paulo (IFSP); Universidade Federal do Rio Grande (FURG); Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG); Instituto Federal do Piauí (IFPI); Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB); Universidade Federal de Brasília (UnB); Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF); Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP); Universidade Federal de Pelotas (UFPel); Universidade Federal de Viçosa (UFV); Universidade Federal do Cariri (UFCA); Universidade Federal do Ceará (UFC); Universidade Federal do Espírito Santo (UFES); Universidade Federal do Maranhão (UFMA); Universidade Federal do Pará (UFPA); Universidade Federal do Paraná (UFPR); Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB); Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa); Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR); Universidade Federal de Rondônia (UNIR); Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD); Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ); Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO); Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ); Universidade Federal de Santa Maria (UFSM); Universidade Federal do Pampa (Unipampa); Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA); Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).*Entre as instituições representadas pelo Andes-SN; outros sindicatos podem ter balanços diferentes