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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Rio Grande do Sul registrou 57 mortes em decorrência às fortes chuvas que atingem o estado nesta semana. A informação é do governo estadual, que atualizou o balanço dos estragos das enchentes às 12h deste sábado (4). Entre as mortes, há dez que estão em investigação para determinar se elas foram, de fato, causadas pelas consequências da chuva.
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Há também 67 pessoas desaparecidas, segundo o governo gaúcho. De acordo com a Defesa Civil, 300 municípios foram afetados pela enchente histórica. Ao todo, há 9.581 desabrigados e 32.640 desalojados.
O boletim do governo diz, ainda, que há 422.307 pessoas afetadas pela tragédia e 74 feridos.
Conforme a Defesa Civil, há 350 mil imóveis sem energia elétrica no estado e falta abastecimento de água para 441.120 clientes da empresa Corsan. O número de domicílios sem água quase dobrou entre a noite de sexta e a manhã desta sábado, segundo os boletins do governo.
A operadora de telefonia TIM informou que 63 municípios estavam sem serviços de telefone e internet. O problema atingia clientes da Vivo em 46 cidades, e da Claro em 19 municípios.
As aulas foram suspensas nas 2.338 escolas da rede estadual. Quase 200 mil alunos foram impactados. Além disso, um total de 224 escolas tiveram sua estrutura danificada pelas consequências da chuva.
Os temporais provocaram danos e alterações no tráfego nas rodovias estaduais gaúchas. Segundo a última atualização, eram 128 trechos em 68 delas, com bloqueios totais e parciais, entre estradas e pontes.
Durante a madrugada desta sexta-feira, o rio Guaíba, em Porto Alegre, atingiu o maior nível desde 1941. O rio chegou a 4,23 metros no cais Mauá. O nível de alerta para a região do centro histórico é de 2,5 metros, sendo 3 metros para inundação.
Entre as consequências da cheia está o fechamento da base da Guarda Municipal na orla do Guaíba. A área será patrulhada preventivamente até a normalização.
Um abrigo instalado na Casa dos Correios também precisou ser desativado devido ao avanço das águas. As pessoas que estavam no local foram transferidas para uma escola municipal. Na noite de sexta, 387 pessoas estavam em abrigos temporários na cidade.
Na capital, o vazamento de água por bueiros e bocas de lobo interditou as principais vias de acesso à região e várias ruas ao longo da orla da cidade. A avenida Mauá ficou quase inteiramente debaixo d'água. A correnteza sobre o asfalto era tamanha que um contêiner de lixo boiava, arrastado rapidamente pela chuva.
Na avenida Júlio de Castilhos, via de saída, a situação é semelhante. Todos os pontos de ônibus do local ficaram alagados ou inacessíveis, e trabalhadores que foram dispensados ao meio-dia não sabiam como voltar para casa.
À noite, a situação ficou pior. Moradores que ainda não haviam deixado o bairro ficaram às escuras, após a interrupção do fornecimento de energia elétrica.
A Defesa Civil emitiu um alerta de evacuação para moradores e trabalhadores do centro histórico que estejam próximos às ruas Siqueira Campos, Sete de Setembro, Andradas e a avenida Júlio de Castilhos.
As ruas são um polo comercial de Porto Alegre, com muitas lojas populares, bares e restaurantes, além de concentrar a maior parte das saídas de ônibus da cidade rumo à zona norte e aos arredores da PUCRS, no bairro Partenon. Há ainda muitos prédios residenciais na região, especialmente na Andradas, cujos moradores correm o risco de ficarem ilhados e sem serviços básicos. Como o acesso a trechos do bairro está bloqueado por agentes de segurança, a circulação é limitada.
SITUAÇÃO NO RS APÓS AS CHUVAS- 57 mortes (10 em investigação)- 67 desaparecidos- 74 feridos- 422.307 pessoas afetadas- 350 mil imóveis sem energia- 860.952 imóveis sem água- Aulas suspensas nas 2.338 escolas da rede estadual
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