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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os casos de dengue no país estão em queda em 21 estados e o DF, segundo anunciou o Ministério da Saúde na última terça-feira (7). Houve uma redução significativa nos casos, segundo Ethel Maciel, secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente da pasta.
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"Nós temos uma mudança importante para anunciar, que 22 estados estão com tendência de queda", disse Maciel, em entrevista a jornalistas na última terça (7). Há estabilidade em quatro estados, Ceará, Maranhão, Pará e Tocantins, enquanto apenas o Mato Grosso continua com uma tendência de aumento.
Na semana anterior, o país já demonstrava esse quadro em relação a queda ou estabilidade em relação ao número de casos. Com essa melhora, alguns municípios estão começando a retirar decretos de emergência, com dez decretos estaduais e 621 municipais emitidos até agora.
Outros quatro já foram revogados nas últimas semanas, no estado do Acre, no município do Rio de Janeiro e em dois municípios de São Paulo.
Apesar da melhora na situação epidemiológica da dengue nessas localidades, o número de pessoas infectadas continua alto, diz Maciel. O número de casos prováveis de dengue, até a última terça (9), é de 4.500.594, com 2.336 óbitos confirmados e outros 2.439 em investigação.
A letalidade geral está em 0,05%, enquanto a letalidade dos casos graves indica 0,473%. De acordo com o ministério, o governo deve continuar a enviar recursos e suportes para os estados e municípios, incluindo testes e inseticidas.
A pasta afirma também que uma grande preocupação atual é o possível aumento de casos devido às mudanças climáticas. Com base em projeções matemáticas, o Ministério da Saúde diz que espera uma antecipação nos casos de dengue em 2025, devido ao aumento da temperatura e pelas ondas de calor.
Por conta disso, o ministério deve realizar novas conversas com estados, municípios e demais autoridades de saúde para ajudar na mobilização e prevenção para o cenário do próximo ano.
Para ilustrar, Maciel cita que as compras de inseticidas aumentaram em 400% em comparação ao ano passado. Além disso, o uso de recursos também superou o projetado e já estamos utilizando esses recursos além do esperado.
Embora a previsão não seja concreta, a secretária reforça a importância de o país estar atento para um ciclo de dengue antecipado. A projeção é que essa preparação comece ainda este ano.