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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Com nível abaixo de 4 metros pela primeira vez desde 3 de maio, o lago Guaíba, em Porto Alegre, ainda é alvo da preocupação de especialistas devido ao risco de inundação.
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O nível chegou a 3,93 na madrugada desta quarta-feira (22) no Cais Mauá, ainda quase 1 metro acima da cota de inundação, que é de 3 metros. O nível mais alto foi atingido no dia 5 de maio, com 5,35 metros e a capital do Rio Grande do Sul lida com os impactos da inundação que afetou comércio, indústria, serviços e moradias.
Segundo o IPH (Instituto de Pesquisas Hidráulicas) da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), o cenário indica uma cheia duradoura, com redução lenta dos níveis.
Há a possibilidade de represamento do Guaíba pelo vento sul forte previsto para sexta-feira (24), causando nova elevação para perto dos 4 metros.
A volta das chuvas também podem contribuir para a elevação dos níveis e prolongar a cheia para junho.
A recomendação do IPH é de atenção à possibilidade de retorno das águas em regiões que já foram alagadas e a realização de ações imediatas para manutenção da infraestrutura e serviços essenciais, como o saneamento básico.
Após a enchente histórica, a Prefeitura de Porto Alegre realiza mutirão para limpar as ruas que não estão mais inundadas. Já foram retiradas 2,4 toneladas de lixo das ruas, como restos de móveis. Também é realizada a raspagem de lodo acumulado e varrição.
A operação envolve 800 garis, 168 caminhões e 30 retroescavadeiras.*VEJA O HISTÓRICO RECENTE DO GUAÍBA
5 de maio: o nível do lago registrou pico de 5,35 metros8 de maio: o nível começou a diminuir lentamente e chegou a 4,56 metros no dia 11 de maio.14 de maio: houve repique com elevação que superou os 5,2 metros.16 de maio: a água ficou abaixo dos 5 metros21 de maio: o nível ficou abaixo dos 4 metros.
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