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De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor, cerca de dois terços das negociações coletivas entre trabalhadores e empresas resultaram em ajustes salariais abaixo da inflação acumulada em 12 meses, que foi de 11,1%.
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Segundo os os dados do "Salariômetro", estudo da Fundação Instituto de Pesquisas Ecomômicas (Fipe) divulgado mensalmente, a mediana dos ajustes salariais com vigência em março foi de 11%. Desde julho do ano passado, a mediana dos ajustes aplicados a cada mês tem ficado igual ou abaixo da inflação acumulada até o período.
"Nos últimos meses vem crescendo os casos em que o trabalhador não consegue a reposição da inflação. A recessão está quebrando a indexação salarial", analisa Hélio Zylberstajn, coordenador do estudo e professor da USP.
As cinco maiores perdas nas negociações coletivas foram registradas por trabalhadores na extração e refino de petróleo (reajuste 4,4% menor do que a inflação), do agronegócio da cana (-1,4%), da indústria do vidro (-1,3%), de condomínios e edifícios (-0,9%) e de outros serviços (-0,9%).
A Fipe analisou 581 negociações com início de vigência no mês de março. Deste montante, 189 trataram de ajustes salariais e 169 de pisos salariais, segundo informações do O Globo.