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O comunicado sobre a "falsa gravidez" foi divulgado nas redes sociais do Aquarium & Shark Lab Team Ecco, localizado na cidade de Hendersonville, na Carolina do Norte, que publica na internet o cotidiano dos animais residentes do viveiro, inclusive notícias da "gravidez" de Charlotte. Os internautas, que acompanhavam a suposta gravidez na internet, começaram a questionar sobre o nascimento dos filhotes da raia chamada de Charlotte, que recebeu esse o nome dos funcionários do aquário.
De acordo com a empresa, o animal foi submetido a exames e os relatórios mostram que Charlotte desenvolveu uma doença reprodutiva rara, que impactou negativamente seu sistema reprodutivo.
"Lamentamos o atraso nas atualizações sobre Charlotte. Esse tempo foi necessário para coletar dados e analisar resultados laboratoriais e testes. As descobertas são realmente um desenvolvimento médico triste e inesperado", diz o comunicado.
Os responsáveis pelo animal não divulgaram exatamente qual é a doença que afeta a raia, mas que estão focados em proporcionar saúde e bem-estar para Charlotte. O Shark Lab disse que os laudos foram compartilhados com a equipe que cuida do animal e estão sendo orientados por veterinários e especialistas para entender melhor a doença e opções de tratamento para Charlotte.
"Embora a investigação desta doença seja limitada, esperamos que o caso e o tratamento médico de Charlotte contribuam positivamente para a ciência e beneficiem outras raias no futuro. Agradecemos a incrível manifestação de amor e apoio à Charlotte", escreveu o aquário nas redes sociais.
Impossibilidade biológica
Apesar da doença rara não ter sido divulgada, especialistas informaram que Charlotte pode sofrer com uma condição policística. Nesse caso, o óvulo se desenvolve no útero do animal sem um embrião fecundado. A interpretação da falsa gestação foi causada por essa condição de alteração hormonal na raia.
Os internautas também levantaram a possibilidade de que a raia teria se reproduzido com um tubarão macho do aquário, mas especialistas apontam que essa alternativa é biologicamente improvável entre as diferentes espécies.
A possibilidade levantada - e descartada - pelo aquário era da chamada partenogênese, quando a reprodução é assexuada, ou seja, um óvulo se desenvolve em um indivíduo sem ser fertilizado por um espermatozoide. Porém, a forma comum de reprodução das raias é através do processo de fertilização interna, o que significa que o esperma do macho fertiliza os óvulos dentro do corpo da fêmea.
"Por favor, respeite Charlotte e sua equipe de atendimento enquanto navegamos por essas notícias inesperadas e trabalhamos para determinar o melhor caminho a seguir. Atualizações serão fornecidas conforme pudermos", finaliza a publicação do aquário americano.
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