Aviões retidos no aeroporto de Porto Alegre começam ser retirados

A ação prevê a retirada de 9 de um total 47 aviões que ficaram retidos pelo alagamento do aeroporto, que teve suas operações suspensas por tempo indeterminado desde o dia 3 de maio. A retirada das aeronaves deve ocorrer em horários pré-definidos pela Fraport Brasil em conjunto com o serviço de tráfego aéreo.

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Brasil Rio Grande do Sul 09/06/24 POR Folhapress

FRANCISCO LIMA NETO E FÁBIO PESCARINISÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Uma operação especial foi montada para a retirada das aeronaves que estão retidas no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, em razão das enchentes das últimas semanas. A remoção dos aviões começa neste sábado (8), de acordo com a Anac (Agência Nacional da Aviação Civil) e da Fraport Brasil, concessionária que administra o aeroporto.

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A ação prevê a retirada de 9 de um total 47 aviões que ficaram retidos pelo alagamento do aeroporto, que teve suas operações suspensas por tempo indeterminado desde o dia 3 de maio. A retirada das aeronaves deve ocorrer em horários pré-definidos pela Fraport Brasil em conjunto com o serviço de tráfego aéreo.

A operação, de caráter excepcional, foi autorizada pela Anac mediante adoção de procedimentos e ações de segurança por parte dos operadores aéreos e a administração do aeroporto. As medidas foram adotadas em coordenação com o Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo), os operadores aéreos e a Fraport Brasil.

Para a obtenção de autorização de retirada das aeronaves do aeroporto, é necessária a adesão a um termo de responsabilidade por parte das empresas e indivíduos responsáveis pelos aviões. É exigida também uma avaliação de risco por parte de cada operador aéreo com vistas à obtenção de autorização especial de voo, uma vez que o aeroporto está com as operações suspensas.Não há informações sobre prazo para que todas as aeronaves sejam retiradas do local.

Andreea Pal, CEO da Fraport Brasil, concessionária que administra o Aeroporto Internacional Salgado Filho, de Porto Alegre, admitiu que deverá ser preciso trocar o asfalto e a sub-base da pista de pouso e decolagens, que ficou submersa durante a inundação que atingiu a capital do Rio Grande do Sul no mês passado.

A afirmação da executiva foi feita nesta quinta-feira (6) em entrevista à Rádio Gaúcha e, conforme explicou, apenas o asfalto, em algumas partes da pista, pode ter 60 centímetros de espessura.

"Nosso cálculo para começar em dezembro [a volta das operações] assume que vamos ter de refazer a sub-base [que tem uma mistura de cimento] e o asfalto", disse, na entrevista.

Nesta semana, tanto a concessionária quanto o governo federal estimaram a hipótese de reabrir o parcialmente local na segunda quinzena de dezembro. A previsão foi feita após uma vistoria ao aeroporto.

O Salgado Filho está fechado desde quando a inundação do lago Guaíba chegou ao bairro Anchieta e, aos poucos, tomou conta da pista e do primeiro pavimento do prédio.

Nesta semana começou o trabalho de limpeza tanto da pista quanto da parte interna do aeroporto.

De acordo com a empresa, esse é o primeiro passo para avaliar os danos. Em paralelo estão sendo realizados testes e sondagens do pavimento da pista. Os ensaios serão enviados para análise técnica e somente após este processo, que pode levar até 45 dias, é que a administradora terá uma conclusão das reais condições dos pavimentos e impactos na estrutura.

A executiva afirmou ainda que a concessionária estima em R$ 1 bilhão o total a ser gasto no aeroporto por causa da enchente e que esse valor está sendo compartilhado com o governo federal.

A CEO disse que a concessionária tem seguro contra enchentes, mas que não cobre o prejuízo –o valor seria estimado em R$ 130 milhões."O valor não é muito grande e não cobre o dano que foi causado. Foi praticamente o melhor que a gente encontrou no mercado", disse à Rádio Gaúcha.

Com a crise, a Fraport pediu para a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) estudar o reequilíbrio econômico-financeiro do contrato do Salgado Filho. Na entrevista desta quinta, ela afirmou que o contrato de concessão é muito claro, e que "força maior é um risco do Estado".

"Mas o problema maior hoje é mais técnico até do que financeiro, porque tem que se saber o que precisa ser feito", disse.

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