Taxas de juros oscilam perto da estabilidade; investidor espera novidades no quadro fiscal

Os elogios do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também trouxeram maior alívio à curva de juros, por sinalizarem a manutenção dele no cargo, algo que vinha sendo alvo de especulações.

© iStock (Foto ilustrativa)

Economia Juros 14/06/24 POR Estadao Conteudo

As taxas de juros negociadas no mercado futuro oscilam perto da estabilidade nos negócios desta sexta-feira, 14, com ligeiro viés de baixa. Depois de uma sessão de quedas mais significativas na quinta-feira, os investidores nesta sexta aguardam novidades no quadro fiscal, uma vez que integrantes do governo prometeram uma importante revisão de despesas públicas, como forma de perseguir a meta fiscal. Os elogios do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também trouxeram maior alívio à curva de juros, por sinalizarem a manutenção dele no cargo, algo que vinha sendo alvo de especulações.

Na agenda de indicadores doméstica, o destaque da sexta é o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que ficou estável em abril (variação positiva de 0,01%). O dado veio pior que a mediana das expectativas coletadas pelo Projeções Broadcast, de alta de 0,40% no indicador no mês. No geral, o intervalo aguardado ia de queda de 0,12% a crescimento de 0,80%.

Nos Estados Unidos, o índice de sentimento do consumidor nos Estados Unidos, elaborado pela Universidade de Michigan, caiu para 65,6 em junho, ante 69,1 em maio, segundo levantamento preliminar divulgado pela instituição nesta sexta-feira. O resultado frustrou a expectativa de analistas consultados pela FactSet, que previam aumento do índice a 73 neste mês. A pesquisa também mostrou que as expectativas de inflação em 12 meses ficaram inalteradas de maio para junho, em 3,3%, enquanto a previsão para o período de cinco anos subiu levemente de um mês para o outro, de 3% para 3,1%.

Segundo operadores do mercado de renda fixa, as taxas de juros deveriam assumir trajetória de baixa nesta sexta, levando em conta a queda dos juros dos Treasuries e os indicadores econômicos piores que o esperado, o que sugere retração econômica e maior aposta em cortes de juros. No entanto, a cautela com o cenário fiscal doméstico se impõe nos negócios, o que limita um movimento de queda mais pronunciado.

Às 11h18, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2025 tinha taxa de 10,635%, ante 10,667% do ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2026 projetava 11,20%, contra 11,24%. A taxa do DI para janeiro de 2027 era de 11,54%, ante 11,60%.

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