PSOL apresenta proposta para excluir de projeto do aborto criminalização à vítima de estupro

Assinado pela deputada Erika Hilton (PSOL-SP), líder da bancada, os parlamentares querem evitar que vítimas de aborto também seja criminalizadas se optarem pela interrupção da gravidez depois do prazo previsto no projeto original de deputados ligados à bancada evangélica.

© Shutterstock

Política PSOL 14/06/24 POR Estadao Conteudo

A bancada do PSOL na Câmara dos Deputados apresentou uma proposta para alterar o projeto de lei que equipara o aborto realizado após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio. Assinado pela deputada Erika Hilton (PSOL-SP), líder da bancada, os parlamentares querem evitar que vítimas de aborto também seja criminalizadas se optarem pela interrupção da gravidez depois do prazo previsto no projeto original de deputados ligados à bancada evangélica.

Atualmente, o decreto lei que regula o aborto legal no País estabelece que o aborto é permite em caso estupro, anencefalia do feto ou risco de vida à mulher.

O projeto foi proposto pelo deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), uma das principais lideranças da Frente Parlamentar Evangélica. Segundo ele e outros 31 deputados que assinam o texto, o fato da lei não prever "limites gestacionais ao aborto" não significa que os legisladores que promulgaram o Código Penal tenham querido "estender a prática até o nono mês de gestação". A maioria dos proponentes é, assim como Sóstenes, forma por homens do PL.

O projeto quer adicionar um trecho ao decreto para incluir a punição aos casos de aborto em gestações acima de 22 semanas, mesmo em casos de estupro. "Se a gravidez resulta de estupro e houver viabilidade fetal, presumida em gestações acima de 22 semanas, não se aplicará a excludente de punibilidade prevista neste artigo", diz o texto.

Na quarta-feira, 12, a Câmara dos Deputados aprovou a urgência de votação para o projeto de lei. A votação aconteceu de modo simbólico e sem que o nome do projeto fosse citado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Alguns parlamentares sequer perceberam o que estava sendo definido. Houve reclamações sobretudo do PSOL, que é contrário à iniciativa.

Com a urgência aprovada, a matéria é analisada diretamente no plenário, sem precisar passar antes por discussões em comissões temáticas da Câmara. A expectativa do autor da proposta, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), e do presidente da FPE, Eli Borges (PL-TO), é que o mérito seja votado na semana que vem. Contudo, ainda há indefinição quanto à data. O governo negocia por uma alteração no texto, por considerá-lo muito duro e aponta que o acordo seria só para a urgência.

PUB

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

mundo Luxo Há 17 Horas

Empresário constrói e tenta vender 'Castelo de Areia' por R$ 600 milhões

justica Novo Hamburgo Há 22 Horas

Homem faz família refém, mata três e deixa 10 feridos em Novo Hamburgo

fama RATINHO-APRESENTADOR Há 21 Horas

Ratinho detalha golpe de R$ 50 mil: 'Queria pegar o ladrão e dar uma coça'

fama Realeza britânica Há 22 Horas

Rei Charles III está contratando; saiba os detalhes da vaga de trabalho

mundo Justiça Há 23 Horas

Jovem é presa por compartilhar fotos da amante do pai nua na internet

fama PAOLLA-OLIVEIRA Há 20 Horas

Paolla Oliveira presta queixa contra fã por perseguição

politica STF-IMPEACHMENT Há 23 Horas

Bolsonaristas querem rever rito de impeachment de ministro do STF após fala de Gilmar

fama Celebridades Há 17 Horas

Envelheceram mal? Famosos que foram arrasados por sua aparência

fama CAIO-BLAT Há 18 Horas

Casamento de Luísa Arraes e Caio Blat termina após sete anos

mundo BRICS-CÚPULA Há 22 Horas

Lula defende multilateralismo sem rompimento no Brics