© Roque de Sá/Agência Senado
Lelo comprou as passagens - de ida e volta - antes da manifestação do MP e, consequentemente, da decisão judicial. De acordo com petição do advogado Alexandre Imbriani, a compra antecipada ocorreu "de forma a se prevenir das oscilações de preço, bem como diante da proximidade do evento".
Ele participará de evento que reúne startups, investidores, empresas e prestadores de serviços para soluções climáticas sustentáveis, e viajará entre os dias 24 de junho e 5 de julho. Segundo a defesa de Lelo, ele foi convidado pela Buy Carbon Inc/9Zero Climate Innovation Hub & Coworking. "Durante a visita, referida empresa lhe apresentará seu produto, estrutura, equipe e processos operacionais, bem como mesa redonda e oportunidades de captação para investimentos", citou o advogado.
O processo contra Lelo começou em 2015 e, dois anos depois, ele foi condenado a 10 anos de prisão - com início de cumprimento de pena no regime fechado. No Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), a 4ª Câmara Criminal aumentou a pena para 16 anos, em 2018, por considerar as ações do grupo graves para os cofres de São Paulo. No Superior Tribunal de Justiça (STJ), contudo, a pena voltou a ser de 10 anos. Por fim, em 2021, o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou o período de prisão alto e diminuiu a condenação para 4 anos, prazo que permite à Justiça impor medidas alternativas ao condenado, como o trabalho comunitário.
Máfia dos Fiscais atuou entre 2010 e 2013 desviando recursos da Prefeitura
A "Máfia do ISS" ou "Máfia dos Fiscais", segundo denúncia do Ministério Público, atuou entre 2007 e 2013 desviando recursos da Prefeitura de São Paulo oriundos da arrecadação de Imposto sobre Serviços (ISS). Fiscais do Poder Executivo davam descontos do imposto para liberar "habita-se" de obras e cobravam propina. Lelo, segundo investigações, atuou junto aos fiscais para ocultação de bens.
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