STF forma maioria para receber queixa-crime de Jair Bolsonaro contra André Janones

O julgamento, que acontece em plenário virtual, teve início em 10 de maio com a votação da ministra Cármen Lúcia para que a Corte recebesse a queixa-crime. Após receber o pedido de vista - mais tempo para análise - do ministro Flávio Dino, o caso voltou à pauta do Plenário na sexta-feira, 7.

© Getty Images

Política André Janones 16/06/24 POR Estadao Conteudo

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria de votos para aceitar a queixa-crime de Jair Bolsonaro (PL) contra o deputado federal André Janones (Avante-MG) na sexta-feira, 14. Janones é acusado pelos crimes de calúnia e injúria por ter chamado o ex-presidente da República de "ladrãozinho de joias, bandido fujão, assassino".

O julgamento, que acontece em plenário virtual, teve início em 10 de maio com a votação da ministra Cármen Lúcia para que a Corte recebesse a queixa-crime. Após receber o pedido de vista - mais tempo para análise - do ministro Flávio Dino, o caso voltou à pauta do Plenário na sexta-feira, 7.

Em postagem nas redes, o deputado alega que a aceitação da denúncia pelo STF "é a confirmação cabal da hipocrisia de Bolsonaro". "Quando é ele o autor das acusações, defende a liberdade de expressão absoluta (especialmente para os detentores de mandato, como eu, no gozo de suas imunidades por palavras e votos), mas quando é acusado, recorre ao tribunal para calar seus adversários", afirmou Janones no X (antigo Twitter).

Até a publicação desta reportagem, os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Gilmar Mendes, Edson Fachin e Nunes Marques seguem o voto da relatora, Cármen Lúcia, enquanto Cristiano Zanin, André Mendonça e Dias Toffoli são contrário à ação. Com a maioria formada, o parlamentar será investigado.

Para a relatora, parece haver "prova mínima da autoria e da materialidade do delito de injúria", entretanto ela avalia que não houve calúnia. "Dessa forma, não havendo nessa afirmação nenhum fato determinado e específico como crime, não se encontra configurado o crime de calúnia", afirma.

Segundo Zanin, que votou contra a abertura da queixa-crime, não aconteceu delito devido a imunidade parlamentar. Ele também diz que o ambiente em que as declarações foram feitas, as redes sociais, são locais em que há a troca de manifestações "jocosa e irônica".

De acordo com o Código Penal, a injúria é a prática de proferir ofensas que firam a dignidade ou decoro do outro; a pena é de um a seis meses. E, a calúnia ocorre quando é atribuído à alguém um fato definido como crime, nesse caso a pena é de seis meses a um ano.

PUB

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Shakira e Piqué Há 20 Horas

Piqué quebra silêncio sobre separação: "A verdade não foi bem contada"

brasil Acidente Há 12 Horas

Avião cai perto da Base de Parnamirim, no Rio Grande do Norte

mundo EUA Há 20 Horas

Mulher descobre traição e entrega namorado ilegal ao serviço de imigração

mundo Reino Unido Há 20 Horas

Descoberta rara: Homem viveu com três pênis sem nunca saber

fama Rei Carlos III Há 13 Horas

Rei Charles III faz importante anúncio durante viagem à Austrália

brasil ACIDENTE-PR Há 21 Horas

'Não consigo acreditar', diz namorada de atleta de remo morto em acidente no PR

esporte Al Hilal Há 21 Horas

Veja a reação de Neymar após voltar a jogar mais de um ano depois; veja

tech Nasa Há 20 Horas

NASA oferece R$ 17 milhões para quem solucionar 'desafio de resíduos'

mundo Justiça Há 13 Horas

Jovem é presa por compartilhar fotos da amante do pai nua na internet

mundo Austrália Há 20 Horas

Mulher cai ao tentar pegar o celular e fica presa em rochas durante 7h