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Milhares de passageiros do metrô de Londres, no Reino Unido, foram submetidos a um sistema de vigilância invasiva por pelo menos um ano, sem o seu conhecimento ou consentimento de acordo com o El País. Câmeras de vigilância alimentadas por inteligência artificial (IA) acompanhavam seus movimentos e até mesmo analisavam seus estados emocionais, com o objetivo de direcionar publicidade personalizada.
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A denúncia foi feita pelo site de tecnologia Wired, que obteve documentos da organização Big Brother Watch, defensora dos direitos e liberdades civis. Através da Lei da Liberdade e Informação, a ONG teve acesso a detalhes dos testes realizados em oito estações da rede suburbana da capital britânica, entre elas Euston, Waterloo e Manchester Piccadilly.
Os testes, sob supervisão da Network Rail, empresa pública que administra a rede ferroviária do Reino Unido, tinham o objetivo inicial de identificar possíveis acidentes, riscos de segurança, crimes e atos de vandalismo. No entanto, a Big Brother Watch descobriu que as imagens das câmeras também eram usadas para coletar dados demográficos dos passageiros, a fim de "maximizar a publicidade e as vendas a retalho".
"A implementação e normalização da vigilância por IA em espaços públicos, sem qualquer consulta ou debate prévio, é um passo muito preocupante", alertou Jake Hurfurt, diretor de pesquisa da Big Brother Watch, à Wired.
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