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Um desembargador de Minas Gerais decidiu que o ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo (PSDB), condenado em primeira instância no processo do mensalão tucano, tem até o dia 9 de maio para apresentar recurso ao Tribunal de Justiça do Estado.
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Azeredo, que também é ex-presidente do PSDB, foi sentenciado em dezembro a 20 anos e 10 meses de prisão por peculato e lavagem de dinheiro. Ele responde em liberdade.
Em 2014, o ex-governador havia renunciado ao mandato de deputado federal para que o processo, já pronto para ser julgado pelo STF (Supremo Tribunal Federal), voltasse à primeira instância.
Agora, pela primeira vez, um recurso de Azeredo sobre o episódio deve chegar ao Tribunal de Justiça de Minas.
A decisão, do desembargador da 5ª Câmara Criminal do Estado, Alexandre Victor de Carvalho, foi revelada pelo jornal "O Estado de S. Paulo" nesta quinta (28) e confirmada pela reportagem.
O mensalão tucano, considerado um embrião para o mensalão do PT, foi um esquema de desvio de R$ 3,5 milhões (R$ 14 milhões, em valores atualizados) de empresas públicas para irrigar a fracassada campanha de reeleição de Azeredo em 1998.
Seus advogados sempre negaram que ele tivesse cometido qualquer irregularidade e afirmam que o então governador não deu anuência para os supostos empréstimos fraudulentos que embasaram a denúncia da Procuradoria-Geral da República.
O ex-senador Clésio Andrade (PMDB) e o atual secretário da Fazenda do governo Fernando Pimentel (PT), José Afonso Bicalho (presidente do Bemge, banco estatal, em 1998), também respondem na Justiça pelo caso.
Além deles, mensalão tucano tem outros seis réus, incluindo o publicitário Marcos Valério, condenado pelo mensalão petista. Todos negam ter cometido crimes.
A defesa de Azeredo foi procurada pela reportagem, mas não se manifestou até as 15h30. Com informações da Folhapress.