PF põe ex-executivos da Americanas foragidos na lista vermelha da Interpol

Os ex-executivos da Americanas são investigados por suposta participação em fraudes contábeis de R$ 25,3 bilhões

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Economia Justiça 27/06/24 POR Estadao Conteudo

A Polícia Federal considera foragidos o ex-CEO das Lojas Americanas Miguel Gutierrez e a ex-diretora da rede varejista Anna Christina Ramos Saicali, alvos de ordens de prisão preventiva na Operação Disclosure nesta quinta, 27. A corporação incluiu o nome dos dois na lista de Difusão Vermelha da Interpol - a relação dos mais procurados da polícia internacional. Gutierrez e Christina estão fora do País.

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Os ex-executivos da Americanas são investigados por suposta participação em fraudes contábeis de R$ 25,3 bilhões. A Operação Disclosure foi aberta na madrugada desta quinta, 27. Os dois ex-executivos não foram localizados pela Polícia Federal porque moram no exterior.

Em setembro do ano passado, Gutierrez negou que tivesse conhecimento das fraudes contábeis. À época, o ex-CEO era acusado pela nova diretoria das Lojas Americanas de uma ação orquestrada para enquadrar acionistas.

A ofensiva realizada nesta manhã foi aberta pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal do Rio por ordem da 10ª Vara Federal Criminal, que decretou o sequestro de bens e valores de mais de R$ 500 milhões dos investigados. Além disso, mandou a PF fazer buscas em 15 endereços ligados a ex-dirigentes da Americanas no Rio de Janeiro.

A Polícia Federal indica que os ex-diretores da Americanas teriam fraudado operações de risco sacado - operação na qual empresa consegue antecipar o pagamento a fornecedores por meio de empréstimo junto aos bancos.

Também foram identificadas fraudes envolvendo contratos de verba de propaganda cooperada (VPC), incentivos comerciais que geralmente são utilizados no setor. No entanto, no caso da Americanas, foram contabilizadas VPCs que nunca existiram, diz a PF.

De acordo com o Ministério Público Federal, as investigações tiveram início em 2023, após a Americanas divulgar um rombo de R$ 20 bilhões em seu balanço devido a "inconsistências contábeis". A Polícia Federal começou as apurações junto da Procuradoria e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Depois, dirigentes da empresa procuraram o MPF para fechar acordos de colaboração premiada sobre um "esquema de fraude para ludibriar o mercado de capitais". O órgão diz que o comitê externo constitui´do pela empresa para apurar o caso colaborou com as investigações.

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