© Marcos Santos/USP Imagens
A Universidade de São Paulo (USP) é considerada a 16.ª instituição de ensino que mais produz pesquisa no mundo. A classificação faz parte do levantamento feito pelo Centro de Estudos em Ciência e Tecnologia (CWTS, na sigla em inglês) da Universidade de Leiden, na Holanda.
PUB
Para fazer o posicionamento de cada universidade, o CWTS considera os estudos científicos produzidos pelas instituições e publicados na base de dados multidisciplinar Web of Science, entre os anos de 2019 e 2022. Ao todo, 1.506 instituições do mundo todo foram avaliadas, 95 a mais do que na edição de 2023.
De acordo com o levantamento, a USP teve 20.985 artigos publicados no período. Apesar de cair quatro posições em relação ao ano passado, a universidade brasileira é a única instituição ibero-americana a figurar entre as 130 melhores do mundo e está à frente de todas as universidades europeias - a melhor no ranking é a Universidade de Oxford, que figura na 25.ª posição.
A USP é superada por outras 13 universidades da China (a 1.ª do ranking é a Universidade de Zhejiang, com 37.457 publicações), pela Universidade de Harvard, dos Estados Unidos - ficou em 2.º, com 36.654 publicações -, e pela Universidade de Toronto, do Canadá, que ficou na 8.ª posição, com 25.439 estudos publicados.
Universidades que mais produzem artigos científicos no mundo
1. Zhejiang (China)
2. Harvard (EUA)
3. Shanghai Jiao Tong (China)
4. Sichuan (China)
5. Central South (China)
6. Huazhong University of Science and Technology (China)
7. Sun Yat-sen (China)
8. Toronto (Canadá)
9. Xi'an Jiaotong (China)
10. Tsinghua (China)
11. Fudan (China)
12. University of the Chinese Academy of Sciences (China)
13. Peking (China)
14. Harbin Institute of Technology (China)
15. Shandong (China)
16. USP
Ao todo, 38 universidades brasileiras foram ranquedas pelo centro de estudos holandês. As melhores posicionadas, depois da USP, foram a Universidade Estadual Paulista (Unesp), na 142.ª posição; a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), na 174.ª; e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), na 243.ª colocação.
As universidades foram avaliadas também em outras quatro vertentes:
Impacto científico;
Colaboração (interinstitucional, internacional e com a indústria);
Artigos publicados na modalidade de acesso aberto;
Diversidade de gênero na autoria da produções.
No quesito impacto científico, a USP ficou na 16.ª posição e, do total de 20.985 artigos publicados no período, 43,5% estão entre os 50% melhores do mundo em suas respectivas áreas do conhecimento.
Em relação aos items colaboração e artigo publicados na modalidade de acesso a aberto - um modelo mais acessível para quem tem interesse a acessar os estudos -, a USP aparece na 13.ª colocação nos dois critérios.
O indicador no qual a USP mais se destacou foi o número de artigos publicado por gênero, que avalia o número de mulheres autoras de artigos da universidade e sua proporção em relação ao total de autores. Neste quesito, a Universidade de São Paulo ficou na 3.ª colocação.
O Centro de Estudos também avaliou esses quatros indicadores dentro de cinco áreas do conhecimento: Ciências Biomédicas e da Saúde, Ciências da Terra e da Vida, Matemática e Ciências da Computação, Ciências Físicas e Engenharia e Ciências Sociais e Humanidades.