Funcionário de comunidade terapêutica de SP admite agressões a paciente que morreu

O caso aconteceu em uma comunidade terapêutica de Cotia, na grande São Paulo

© Reprodução

Justiça Cotia 11/07/24 POR Folhapress

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Matheus de Camargo Pinto, 24, monitor da Comunidade Terapêutica Efatá, em Cotia, na Grande São Paulo, onde morreu Jarmo Celestino de Santana, 55, na segunda-feira (8), admitiu em depoimento à Polícia Civil que praticou agressões contra o interno.

PUB

O paciente, que era dependente químico e foi internado para tratamento, morreu na segunda-feira (8).

Matheus disse em depoimento que Jarmo deu entrada por volta das 20h de sexta (5). Afirmou que o paciente estava transtornado e precisou ser contido por ele e pelo casal de proprietários da clínica, com uso da força, e que por isso o paciente foi arremessado ao chão.

Relatou, ainda, que os funcionários que buscaram o paciente em casa para a internação também o agrediram no momento em que o deixaram na clínica.

No sábado (6), por volta das 7h30, Jarmo teria tentado agredir outros dois monitores, ainda segundo o depoimento de Matheus. Ele então disse que foi obrigado a contê-lo e que entrou em luta corporal com o interno.

Por volta das 10h, Jarmo passou a danificar o quarto onde estava, relatou Matheus. Os outros dois monitores foram até o cômodo para contê-lo e mais uma vez o paciente foi agredido fisicamente, inclusive com um mata-leão. O quarto passou por limpeza, e o interno ficou lá sozinho.

Já na segunda, por volta das 7h30, disse que ofereceu café da manhã para Jarmo, que relutava dizendo que queria ir embora. Por volta das 13h, voltou ao quarto do paciente para servir o almoço, mas o encontrou caído no chão. Segundo o depoimento, o interno foi socorrido de imediato e levado para o pronto-socorro de vargem Grande Paulista, onde morreu.

Matheus contou que trabalhava na clínica como monitor havia apenas 12 dias, que é ex-usuário de drogas e que ficou internado por sete meses. Ele foi preso sob acusação de homicídio, e a prisão em flagrante foi convertida em preventiva pela Justiça. Quem o representa é a Defensoria Pública.

Procurada, a advogada da clínica disse que não se pronunciaria porque os donos já prestaram esclarecimentos na delegacia. Terezinha Cordeiro de Azevedo afirmou ainda que seus clientes não tinham conhecimento das agressões por parte de Matheus e que não estavam no local no momento das agressões.

Uma equipe do GOE (Grupo de Operações Especiais) da Polícia Civil de São Paulo, que deu apoio à ocorrência, obteve um áudio de um grupo de mensagens em que o monitor fala a terceiros sobre as agressões que havia praticado. O caso foi registrado como tortura na Delegacia de Cotia.

Imagens exibidas pela TV Bandeirantes mostram a vítima sentada em uma cadeira, com as mãos presas, enquanto pessoas ao redor dão risada e comentam sobre seu debilitado estado de saúde.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

mundo Israel/Hamas Há 18 Horas

Mulher de líder do Hamas é flagrada em túnel com bolsa de grife; veja

fama Tchan Há 19 Horas

Morre Graciane Azevedo, participante do concurso da "morena do Tchan"

mundo Elon Musk Há 17 Horas

Musk promete dar um milhão por dia a quem assinar a sua petição

brasil Correia Pinto Há 19 Horas

Sinais vitais interrompem velório e bebê volta ao hospital em SC

politica Lula Há 19 Horas

Queda e pontos na cabeça: saiba o que aconteceu com o presidente Lula

brasil Paraná Há 13 Horas

Acidente com equipe de remo de atletas adolescentes deixa 9 mortos no Paraná

mundo Israel/Palestina Há 15 Horas

Sobrevivente de ataque em Israel é encontrada morta no dia do aniversário

fama Andrew Garfield,Mel Gibson Há 17 Horas

Andrew Garfield pede outra chance para Mel Gibson: "Ele é incrível"

mundo Austrália Há 18 Horas

Disputa judicial deixa corpo de mulher em câmara frigorífica por 4 anos

fama Jennifer Lawrence Há 17 Horas

Jennifer Lawrence espera o segundo filho com Cooke Maroney