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Milhares de trabalhadores argentinos protestaram na tarde desta sexta-feira (29) contra a onda de demissões e a inflação alta, que atingiu 12% no primeiro trimestre deste ano em Buenos Aires -não há um índice nacional.
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O ato, que antecipou o Dia dos Trabalhadores, foi organizado pela primeira vez pelas diferentes centrais sindicais do país juntas, que se uniram contra as políticas do presidente Mauricio Macri.
Os discursos dos dirigentes sindicais focaram a lei que proíbe demissões no país por 180 dias. O projeto, apresentado pela oposição, foi aprovado nesta semana no Senado -ainda precisa passar pela Câmara dos Deputados. Macri já indicou que deverá vetá-lo. "Se o governo vetar a lei de emergência trabalhista, haverá conflito, porque vamos acentuar a luta e, se não nos escutam, haverá greve", afirmou o secretário-geral da CTA Autônoma, Pablo Micheli.
Também nesta sexta, em um evento para anunciar investimentos em saneamento básico, Macri afirmou que tem trabalhado na tentativa de resolver os problemas.
"Todo mundo tem o dinheiro de expressar-se, mas estamos trabalhando nas questões. Sabemos que é preciso diminuir a inflação, gerar mais empregos e mais investimentos, e para isso trabalhamos todos os dias."
Segundo a central CTA dos Trabalhadores, cerca de 100 mil pessoas foram demitidas desde que Macri assumiu a Presidência, em dezembro.
O governo, porém, afirma que a taxa de desemprego está na mesma faixa dos últimos cinco anos, ao redor de 7%.
O chefe de gabinete de Macri, Marcos Peña, disse que as demissões são pontuais em alguns setores, como o da construção, e compensadas pela abertura de vagas em outros. Acrescentou que a crise brasileira também tem prejudicado. Com informações da Folhapress.