Homem que atirou em Trump pediu folga no trabalho no dia do atentado

Matthew Crooks disse ao chefe que precisava da folga porque tinha "algo para fazer"

© US Secret Service

Mundo Estados Unidos 17/07/24 POR Folhapress

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Thomas Matthew Crooks, identificado pelo FBI como o atirador que tentou matar o ex-presidente Donald Trump, pediu para não trabalhar no último sábado (13), dia do atentado.

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Crooks disse ao chefe que precisava da folga porque tinha "algo para fazer". As informações foram divulgadas pelas autoridades policiais à CNN.

Jovem disse aos colegas que estaria de volta ao trabalho no domingo. Ele trabalhava como auxiliar em uma casa de repouso para idosos.

Administradora da casa de repouso enalteceu bom comportamento do jovem. "Estamos chocados e tristes ao saber de seu envolvimento, pois Thomas Matthew Crooks desempenhou seu trabalho sem problemas", disse Marcie Grimm, administradora do local, em um comunicado.

A casa de repouso ainda disse que está "cooperando totalmente" com a polícia. Segundo Marcie Grimm, Crooks não tinha antecedentes criminais quando foi contratado.

Colega de trabalho disse que Crooks era "o cara mais doce". "Ele era um rosto amigável no corredor", afirmou o companheiro de trabalho e ex-colega de classe, que falou sob condição de anonimato à CNN. "Era sempre bom vê-lo (...) Ele era sempre aberto para conversas. Muito educado e um pouco quieto, mas tudo bem", contou.

"Ele não era um radical." O colega afirmou ainda que não reconhece a imagem construída acerca de Crooks após o ataque contra Trump. Segundo o colega, Crooks não expressava opiniões políticas no trabalho. "É difícil ver tudo o que está circulando na internet porque ele era realmente uma boa pessoa que fez algo muito ruim. E eu só esperava saber o porquê", conclui.

O QUE SE SABE SOBRE O ATIRADOR

Crooks era de Bethel Park, Pensilvânia, a cerca de 64 km do local do comício. O FBI e a polícia de Pittsburgh informaram que os disparos contra Donald Trump estão sendo tratados como "tentativa de assassinato" e não descartam a possibilidade de haver outras pessoas envolvidas no episódio.

O atirador estava registrado no Partido Republicano, o mesmo de Trump. Apesar do registro, Crooks doou US$ 15 (R$ 81) para um comitê progressista em 20 de janeiro de 2021. Foi nessa data que o presidente Joe Biden foi empossado. O "Progressive Turnout Project" é uma organização que se dedica a impulsionar candidaturas democratas. A iniciativa também investe financeiramente em organizações focadas em engajar jovens eleitores.

FBI diz que família do atirador também está "cooperando com as investigações federais". A informação é da agência de notícias Associated Press.

Crooks usou um rifle AR-style 556. A arma foi comprada pelo pai dele, segundo autoridades do FBI. Os investigadores tentam entender como ele teve acesso ao rifle.

Agência federal suspeita que jovem tenha agido sozinho. Ainda não foi encontrado nenhum indicativo de que outra pessoa teria atuado no atentado.

FBI também diz que já recebeu mais de 2.000 pistas sobre atirador. Investigadores ainda buscam motivação do crime. Até o momento, não encontraram nenhuma postagem do jovem nas redes sociais com tom ameaçador.

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