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Pesquisadores da Universidade de Bristol, tentando desvendar as constantes dúvidas a respeito dos relatos de Lawrence da Arábia, britânico que liderou uma revolta árabe contra os turcos durante a Primeira Guerra Mundial, decidiram seguir os passos do militar.
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Sua saga é contada no livro escrito por ele, Sete Pilares da Sabedoria. E no decorrer do século XX e XXI, sempre foi colocado um ponto de interrogação sobre o que de fato ocorreu e o que era pura imaginação do autor e ex-combatente. Entre as histórias mais famosas, está um relato, muito bem retratado na telona, no filme de 1962 dirigido pelo cineasta inglês David Lean, Lawrence da Arábia, em que ele ordena que seu exército ataque um trem do oponente até o momento em que grita para um cessar-fogo, que não é respeitado. Ele então começa a atirar para o alto gritando: “Parem!”.
Neste mês, os pesquisadores conseguiram um prova de que, pelo menos essa passagem, pode ser verdadeira. No site do projeto Great Arab Revolt, que investiga vestígios arqueológicos da Primeira Guerra na Jordânia, no Oriente Médio, eles dizem que foi encontrada uma bala da arma usada por Lawrence. O professor Nicholas Sauders, um uma reportagem no site da Universidade de Bristol, diz que “a bala que foi achada saiu de uma pistola Colt automática, tipo de arma que Lawrence usava e que provavelmente não era usada por nenhum outro envolvido na emboscada”, relatou.
Outra prova da batalha apareceu há poucos meses, quando uma família inglesa disse ter recebido de Lawrence, em 1933, dois anos antes de sua morte, um souvenir da guerra: uma placa de ferro escrito em árabe “estradada de ferro”, que seria a Hejaz Railway, por onde o trem atacado passava.
“É impressionante que até hoje descobertas como essas ainda sejam feitas”, disse Saunders.