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ARACAJU, SE (FOLHAPRESS) - A venda da Jequiti Cosméticos pelo Grupo Silvio Santos está emperrada. A Cimed, que negociava 100% das ações da empresa, não quer subir novamente a proposta. Uma nova rodada de conversas deve ocorrer apenas em agosto.
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As tratativas se arrastam desde abril, conforme apurou o F5. A proposta inicial da Cimed era de uma compra parcial. Em junho, porém, a Cimed e o Grupo Silvio Santos concordaram em uma venda de 100% das ações.
O valor estava estimado em R$ 400 milhões. Atendendo um pedido das herdeiras de Silvio Santos, a Cimed aceitou subir a proposta para R$ 450 milhões. O acréscimo, porém, foi considerado insuficiente.
O Grupo Silvio Santos diz entender que a Jequiti tem um valor de mercado maior. A Cimed não aceitou fazer um novo acréscimo no primeiro momento. As negociações estão paradas por causa das férias de julho. Em agosto, devem ser retomadas para uma última tentativa de desbloquear as pendências.
Mesmo que a venda aconteça, a Jequiti ainda terá sua marca exibida nos intervalos do SBT de forma prioritária, assim como outras empresas do Grupo Silvio Santos, como a Telesena e o Hotel Jequitimar, por exemplo.
Esse ponto faz parte do acordo para ajudar a manter o interesse pelos produtos, que sempre tiveram vendas inflacionadas pela exposição diária na emissora de Silvio Santos.
A Cimed, que lucrou R$ 3 bilhões em 2023, pretende transformar a Jequiti em uma potência nacional. A decisão de venda ocorreu porque o Grupo Silvio Santos entendeu que não conseguiria mais dar à Jequiti os investimentos que ela precisava, especialmente desde 2020, no auge da pandemia de Covid-19. A empresa quer manter o foco no seu principal ativo, o SBT.
A Jequiti Cosméticos está presente em todo o território brasileiro por meio de 260 mil consultoras. A empresa é conhecida por lançar perfumes de artistas, como Celso Portiolli, Carlinhos Maia e Larissa Manoela.