Encontro de Biden e Netanyahu na Casa Branca mascara tensões entre EUA e Israel

Diante das câmeras, o americano manteve nesta quinta o tom amistoso

© Getty Images

Mundo EUA 25/07/24 POR Folhapress

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, recebeu o premiê israelense, Binyamin Netanyahu, na Casa Branca nesta quinta-feira (25), no primeiro encontro presencial entre os líderes desde outubro do ano passado, quando teve início a guerra Israel-Hamas –o americano viajou até Israel para demonstrar o apoio semanas depois da eclosão do conflito.

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Então, Biden abraçou Bibi, como o líder israelense é conhecido, e prometeu apoiá-lo.

Ao menos diante das câmeras, o americano manteve nesta quinta o tom amistoso daquela ocasião, e segundo relato do jornal The New York Times abriu um sorriso largo ao dar as boas-vindas ao israelense ao Salão Oval.

Suas palavras, "temos muito o que conversar", davam um indício, no entanto, da tensão que os países vêm acumulando nos últimos tempos.

Washington é o maior aliado externo de Tel Aviv desde os anos 1970. A relação entre os dois países já passou por diversos altos e baixos mas, desde a Segunda Guerra Mundial, o Estado judeu foi o país do mundo que mais recebeu ajuda direta dos EUA.

Ao responder o americano, Bibi, como o líder israelense é conhecido, citou justamente esse histórico. "Quero agradecê-lo por seus 50 anos de serviço público [Biden entrou na política 52 anos atrás, ao ser eleito senador por Delaware] e 50 anos de apoio ao Estado de Israel".

As divergências mais recentes entre os líderes começaram pouco depois que Netanyahu voltou ao posto de primeiro-ministro, no final de 2022 -seu governo, o mais à direita da história de Israel, iniciou uma ofensiva contra o Judiciário logo após assumir, uma iniciativa que foi publicamente criticada por Biden.

A guerra em Gaza, cujo estopim foi uma incursão do Hamas ao sul de Israel que deixou cerca de 1.200 mortos, no ataque mais letal a judeus desde o Holocausto, a princípio voltou a unir os líderes.

Mas a continuidade do conflito na faixa, já no seu nono mês, e o grande número de mortes que ela vem provocando -estimado em mais de 39 mil pelas autoridades da faixa, ligadas ao grupo terrorista-, tem sido motivo de repreensões cada vez mais duras por parte do presidente americano.

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