© iStock
O aleitamento materno reduz o risco de câncer da mama, disse hoje um investigador espanhol, afirmando que permite à glândula mamária completar um ciclo que começa na gestação e que interromper a amamentação pode facilitar o aparecimento do tumor mamário
PUB
"Amamentar os filhos é concluir o ciclo fisiológico funcional da glândula mamária e proteger a mulher do câncer da mama," assegura o presidente da Fundação Instituto Valenciano de Oncologia (IVO) e vice-presidente da Associação Espanhola Contra o Câncer (AECC), António Llombart, em declarações à agência EFE.
O especialista explicou que a secreção láctea "é um produto final do que constitui a função fisiológica da glândula mamária."
"Interrompê-la no momento em que funciona no seu momento alto de expressão condiciona a aparição de alterações na vida das células da glândula com mortes precoces que podem iniciar fenômenos de mutações oncogênicas," acrescentou.
Segundo Llombart, o aleitamento materno beneficia não só o filho, que recebe através da mãe uma imunidade que o protege de várias doenças, "como a própria mãe, que vai completar o ciclo da glândula mamária durante a gestação com a secreção láctea."
O aleitamento materno é uma das recomendações do 'Código Europeu contra o Cancro em Espanha' para impedir o aparecimento do câncer de mama tal como evitar o tabaco, o álcool, exposições solares excessivas e realizar a vacinação contra o vírus do papiloma humano.
O responsável pelo Serviço de Oncologia do IVO, Vicente Guillem, destacou que em Espanha há cerca de 250 mil novos casos de câncer por ano e morrem 100 mil todos os anos, ou seja, 40% dos pacientes, pelo que Guillem defende ser "necessário" uma investigação em oncologia tanto epidemiológica, como básica, clínica e biotecnológica.