Boxeadora italiana ganhará prêmio de campeã olímpica após desistir de luta polêmica; entenda

Apesar de ter abandonado a luta contra a argelina depois de apenas 45 segundos, Angela Carini vai receber US$ 50 mil (cerca de R$ 286,5 mil) de premiação da IBA.

© Getty Images

Esporte IBA 03/08/24 POR Estadao Conteudo

A polêmica luta entre Angela Carini e Imane Khelif ainda segue dando o que falar. A Associação Internacional de Boxe (IBA) anunciou que vai premiar a italiana como se ela tivesse conquistado a medalha de ouro na Olimpíada de Paris-2024. Apesar de ter abandonado a luta contra a argelina depois de apenas 45 segundos, Angela Carini vai receber US$ 50 mil (cerca de R$ 286,5 mil) de premiação da IBA.

O presidente da entidade, Igor Kremlev, comunicou a decisão. "Não conseguia olhar para as lágrimas dela. Não sou indiferente a tais situações, e posso garantir que vamos proteger cada pugilista. Não entendi porque eles estão matando o boxe feminino. Apenas atletas elegíveis devem competir no ringue por uma questão de segurança", disse Kremlev.

No Mundial de Boxe do ano passado, organizado pela IBA, a argelina Imane Khelif foi desclassificada - assim como a taiwanesa Lin Yu-ting - após ser reprovada nos testes de DNA. O presidente da entidade, Igor Kremlev, disse que "elas tinham cromossomos XY".

Por outro lado, as duas pugilistas foram liberadas para disputarem a Olimpíada de Paris. O Comitê Olímpico Internacional (COI) afirmou que elas tinham todas as "normas médicas aplicáveis estabelecidas pela PBU (Unidade de Boxe de Paris 2024)".

EMBATE ENTRE COI E IBA

As relações entre o COI e a IBA, entidade que desclassificou as pugilistas, estão cortadas desde o ano passado, quando a instituição de boxe deixou de ser reconhecida pelo comitê olímpico. Sobre a decisão da IBA de barrar Imane Khelif e Lin Yu-ting do Mundial de Boxe, o COI afirmou que foi uma ação arbitrária.

"Esta decisão foi inicialmente tomada unicamente pelo secretário-Geral e CEO da IBA. O Conselho da IBA apenas a ratificou posteriormente e somente depois solicitou que um procedimento a ser seguido em casos semelhantes no futuro fosse estabelecido e refletido nos Regulamentos da IBA. As atas também dizem que a IBA deve "estabelecer um procedimento claro sobre testes de gênero", explica.

O COI também insiste que ambas boxeadoras já atuaram em competições de alto nível na categoria feminina e que as regras de elegibilidade "não devem ser alteradas durante uma competição em andamento", completa a carta.

A IBA já havia deixado de organizar o torneio de boxe olímpico desde 2019 por falhas recorrentes em integridade e transparência na governança da associação, acusada de manipulação de resultados e corrupção. A modalidade correu o risco de deixar o programa, mas o COI fez uma força-tarefa para tomar frente da organização do boxe nos Jogos.

PUB

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

mundo Lido di Camaiore Há 13 Horas

Brasileira atropela sete pessoas e mata duas jovens turistas na Itália

fama Educação Há 12 Horas

Colégio nega matrícula para filhos de Cristiano Ronaldo em Portugal

mundo TikTok Há 12 Horas

Tendência viral no TikTok leva crianças ao hospital com queimaduras grave

politica ALEXANDRE-MORAES Há 11 Horas

Parlamentares dos EUA querem cancelar vistos de Moraes e de outros ministros do STF

fama Gal Costa Há 14 Horas

Viúva e filho de Gal Costa chegam a acordo sobre herança e venda de casa

fama Família Cazarré Há 13 Horas

Com filha internada, Letícia Cazarré reflete sobre a luta de Guilhermina

mundo EUA Há 13 Horas

Menino de 12 anos salva pai durante ataque de urso de 90kg

justica Ceará Há 14 Horas

Idosas são presas por mandar matar irmã e cunhado em disputa de herança

fama O-KANNALHA Há 8 Horas

Quem é O Kannalha, músico de 27 anos que se envolveu com Preta Gil

brasil Rebouças Há 14 Horas

Aluna de 10 anos passa mal em escola no Paraná e morre após ser socorrida