PF mira grupo por informação privilegiada no mercado de ações com taxa de êxito de 94%

Os federais miram um grupo que agia no mercado de ações e alcançava taxa de êxito superior a 94% nas operações de day trade (compra e venda de ativos no mesmo pregão)

© Reuters

Economia PF 07/08/24 POR Estadao Conteudo

A Polícia Federal vasculhou quatro endereços no Rio de Janeiro nesta quarta-feira, 7, na Operação Rabbit, ofensiva contra prática ilegal de Front Running no mercado financeiro - quando um investidor se vale de informação exclusiva e sigilosa para obter vantagens. Os federais miram um grupo que agia no mercado de ações e alcançava taxa de êxito superior a 94% nas operações de day trade (compra e venda de ativos no mesmo pregão).

PUB

 

A PF contou com a colaboração da Comissão de Valores Mobiliários que estima lucros de R$ 5.141.045,34 da organização por meio de operações realizadas entre 2016 e 2022.

Batizada Operação Rabbit, a ofensiva cumpriu quatro mandados de buscas na Freguesia (2) e na Tijuca (2) e culminou no afastamento de um funcionário de uma Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários (DTVM) - instituição que intermedia a compra e venda de títulos e valores mobiliários - que estaria envolvido no esquema ilícito.

Segundo as investigações, o funcionário agora afastado repassava dados sigilosos para outros integrantes do grupo sob suspeita, para que eles se antecipassem aos movimentos do mercado.

As ordens foram expedidas pela 3ª Vara Federal Criminal do Rio, que ainda determinou o sequestro de bens e valores dos investigados em até R$ 5,1 milhões, a quantia supostamente arrecadada pelo esquema. O nome da ofensiva faz referência a um jargão internacional do atletismo, indicou a Polícia Federal.

"O 'coelho' é um atleta que sai na frente e puxa o ritmo principal no início das corridas, ou seja, ele acelera o ritmo e estimula os corredores a terem um maior rendimento. O termo faz alusão à conduta de front running, que consiste em "correr na frente", se antecipando às movimentações do mercado de ações com base em informações privilegiadas", explicou a corporação.

A ação apura possíveis crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa, além de Front Running - no qual um operador financeiro antecipa a um investidor que vai fazer uma grande operação, capaz de influenciar no preço de mercado de um ativo.

Este investidor acaba por se antecipar ao movimento do mercado de ações e lucra, o que configura um conflito de interesses pelo uso da informação privilegiada.

Leia Também: Poupança tem retirada líquida de R$ 908,622 milhões em julho, mostra BC

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

mundo Lido di Camaiore Há 16 Horas

Brasileira atropela sete pessoas e mata duas jovens turistas na Itália

fama Educação Há 14 Horas

Colégio nega matrícula para filhos de Cristiano Ronaldo em Portugal

mundo TikTok Há 15 Horas

Tendência viral no TikTok leva crianças ao hospital com queimaduras grave

politica ALEXANDRE-MORAES Há 14 Horas

Parlamentares dos EUA querem cancelar vistos de Moraes e de outros ministros do STF

fama Gal Costa Há 16 Horas

Viúva e filho de Gal Costa chegam a acordo sobre herança e venda de casa

fama Família Cazarré Há 16 Horas

Com filha internada, Letícia Cazarré reflete sobre a luta de Guilhermina

mundo EUA Há 15 Horas

Menino de 12 anos salva pai durante ataque de urso de 90kg

fama O-KANNALHA Há 10 Horas

Quem é O Kannalha, músico de 27 anos que se envolveu com Preta Gil

justica Ceará Há 16 Horas

Idosas são presas por mandar matar irmã e cunhado em disputa de herança

brasil Rebouças Há 17 Horas

Aluna de 10 anos passa mal em escola no Paraná e morre após ser socorrida