Oposição denuncia sequestro de ex-governador na Venezuela

Williams Dávila Barrios teria sido sequestrado nas proximidades da praça de Los Palos Grandes, em Caracas

© Marcos Oliveira / Agência Senado

Mundo Venezuela 09/08/24 POR Folhapress

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Ação Democrática, um dos partidos de oposição na Venezuela, denunciou na noite desta quinta-feira (8) o sequestro de Williams Dávila Barrios, ex-governador e ex-deputado eleito pelo estado de Mérida.

PUB

 

Segundo o partido, um grupo de pessoas armadas e sem uniforme ou identificação policial ou militar, prendeu Dávila nas proximidades da praça de Los Palos Grandes, em Caracas.

"Não sabemos seu paradeiro e outras circunstâncias do sequestro", diz comunicado da Ação Democrática.

Ele encerrava uma vigília em nome dos presos políticos do país quando foi arrastado.

A Plataforma Unitária Democrática, aliança política de oposição na Venezuela, também denunciou o sequestro.

"Exigimos a sua libertação imediata, o conhecimento do seu paradeiro e o respeito pelos direitos humanos. Esta escalada de repressão e perseguição deve parar e alertamos o mundo sobre isso. A Venezuela decidiu mudar e isto deve começar agora com uma transição pacífica", disse a organização no X (ex-Twitter).

Outro ex-deputado, Américo De Grazia, foi detido sem explicações, segundo familiares.

"Depois de mais de 24 horas sem saber do seu paradeiro, soubemos que ele está no Helicoide (sede do Serviço de Inteligência)", afirmou a filha de De Grazia no Instagram.

A oposição aponta uma "escalada repressiva" desencadeada após a contestada reeleição do presidente Nicolás Maduro.

"Não sabemos quais acusações são imputadas, não têm uma ordem de captura contra meu pai, não temos prova de vida, não sabemos em que condições ele está", continuou María de Grazia.

Na terça-feira (6), a advogada María Oropeza, chefe regional da campanha do bloco de oposição, foi detida durante a noite em Guanare, capital de Portuguesa, e filmou a própria prisão.

Na transmissão ao vivo, é possível ver agentes da DGCIM (Direção de Contrainteligência Militar) quebrando o portão da casa onde estava e entrando no local.

Os protestos contra a reeleição de Maduro deixaram mais de 2.200 detidos, segundo o próprio ditador, e cerca de 24 mortos, segundo ONGs de direitos humanos.

Mais de dez dias depois das eleições presidenciais, Maduro enfrenta acusações de fraude por parte da oposição e de organizações internacionais, que apontam derrota do ditador, e um crescente isolamento diplomático, com as principais economias da América Latina se recusando a reconhecer sua proclamação de vitória.

O Brasil, junto do México e da Colômbia, insiste na divulgação oficial das atas eleitorais que comprovariam o resultado anunciado pelo CNE (Conselho Nacional Eleitoral) -de que Maduro venceu o pleito com 52% dos votos, contra 43% que teriam sido obtidos pelo ex-diplomata Edmundo González. Os três países também rejeitaram, nesta quinta, a iniciativa de Maduro de buscar referendar a eleição no Tribunal Supremo de Justiça do país, um órgão controlado pelo regime.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

mundo Investigação Há 19 Horas

Laudo aponta que míssil da Rússia derrubou avião no Cazaquistão

fama Luto Há 23 Horas

Morre ator Ney Latorraca, aos 80 anos

fama Emergência Médica Há 18 Horas

Internado na UTI, saiba quem é Toguro, influencer indiciado por homicídio

mundo Cazaquistão Há 23 Horas

Nevoeiro, aves, míssil russo… O que se sabe sobre a queda de avião?

fama Tragédia Há 17 Horas

Ator de 'Baby Driver', Hudson Meek, morre aos 16 anos

fama LUTO Há 19 Horas

Famosos lamentam morte de Ney Latorraca

brasil São Mateus do Sul Há 17 Horas

Equipe médica e paciente morrem em acidente com ambulância no Paraná

esporte Redes Sociais Há 17 Horas

Muçulmano, Salah posta foto celebrando Natal e é criticado por internautas: 'Hipocrisia'

justica Violência Há 19 Horas

PM dá tiro à queima-roupa em jovem que gravava abordagem em Osasco, em SP

fama Justiça Há 9 Horas

Baldoni é processado por ex-assessora em polêmica envolvendo Blake Lively