© Nelson Almeida/Getty Images
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Famílias de vítimas do voo 2283 da Voepass planejam, juntas, processar a companhia. Isso deve ocorrer após a conclusão do relatório do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), que planeja divulgar resultados preliminares em setembro. Advogados e parentes das vítimas discutem como embasar a tese de que a empresa teria sido negligente na manutenção da aeronave envolvida na tragédia. Eles citam, por exemplo, relatos de usuários sobre problemas técnicos em viagens no mesmo avião, como ar-condicionado desligado, além de relatos de ex-funcionários da companhia que teriam denunciado problemas na aeronave.
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Nada disso foi provado por ora. Segundo a Anac, a aeronave ATR-72 envolvida no acidente em Vinhedo (SP) estava em condições regulares e com certificados válidos.
A Secretaria Nacional do Consumidor, vinculada ao Ministério da Justiça, deu prazo de 48 horas para a Voepass prestar informações sobre as condição de seus aviões, contado a partir da noite desta segunda. Foram exigidos modelos, anos de fabricação e periodicidade de revisões.
Segundo o órgão, desde o acidente "vieram à tona diversas reclamações envolvendo a companhia, desde bagagens danificadas e cancelamentos de voos sem reembolso, até problemas graves como as condições terríveis em que se encontram suas aeronaves".
Também foram solicitados à companhia esclarecimentos sobre o atendimento às famílias das vítimas.
Até a manhã desta segunda, 17 corpos de vítimas da queda do voo 2283 da Voepass tinham sido identificados e oito haviam sido liberados aos familiares. Outros nove corpos estão em processo de documentação para a liberação às famílias, de acordo com boletim emitido pelo governo de São Paulo.
O avião comercial com 62 pessoas a bordo caiu em uma área residencial de Vinhedo, no interior de São Paulo no início da tarde de sexta-feira. Ninguém sobreviveu.