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O processo de identificação dos corpos de vítimas do acidente da Voepass, na sexta-feira, continua, mas chega a um momento mais lento, de forma a garantir a precisão. "Garanto para vocês que, quando esses corpos forem entregues aos seus familiares, eles vão ter 100% de certeza de que realmente é aquela pessoa. Não liberamos nenhum corpo se não houver certeza absoluta nessa verificação. Por isso, o processo daqui para a frente é um pouco mais lento, minucioso", afirmou Vladmir Alves dos Reis, diretor do Instituto Médico-Legal (IML) de São Paulo.
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Todas as vítimas passaram por necropsia até domingo. Depois, todos os corpos permaneceram à disposição das equipes especializadas para a coleta de exames radiológicos, principalmente da cavidade bucal para que fosse realizada a comparação odontológica com eventuais exames prévios das vítimas do acidente. Também foi realizada a coleta de material biológico para eventual exame de DNA.
A unidade Central do IML de São Paulo permanece trabalhando exclusivamente na identificação dos corpos das vítimas do acidente. Ainda não há prazo para a conclusão. Conforme boletim do governo de São Paulo divulgado na tarde de ontem, 45 corpos foram identificados e 27 liberados aos familiares, que são os primeiros a serem informados sobre o andamento do trabalho de reconhecimento. Os outros cinco estão em processo de liberação e aguardam documentação complementar para liberação para velório e posterior sepultamento.
O fato de algumas vítimas terem sido atingidas pelo fogo quase seguiu à queda é um complicador. "Com a labareda, alguns corpos foram queimados, já após as mortes. Hoje, temos a certeza de que todas as vítimas tiveram morte por politraumatismo. Temos a convicção e a certeza científica de que todos morreram de politraumatismo. A aeronave despencou de uma altura de 4 mil metros e, ao atingir o solo, o choque foi muito grande e todos sofreram politraumatismo", afirmou Reis.
NO PARANÁ
A aeronave KC-390 Millennium, da FAB, transportou ontem as primeiras urnas funerárias de São Paulo para Cascavel. A expectativa é de que seja realizado um velório coletivo no centro de eventos para quem desejar - 22 das vítimas são da cidade.
Mas alguns optaram por não esperar. Depois de uma longa espera, familiares e amigos velavam ontem à noite, na Associação Atlética Comercial, em Cascavel (PR), os corpos do empresário Antonio Deoclides Zini Junior, de 40 anos, e da fisioterapeuta Kharine Pessoa Zini. A família decidiu trazer os corpos de carro, em um percurso de 930 km.
O ex-goleiro do Cascavel Futsal era diretor da Transportadora Pra Frente Brasil, de propriedade da família. "Não é fácil a perda de um irmão dessa forma repentina, irreparável. Infelizmente, é um momento muito difícil para a família", afirmou Jean Zini, um dos quatro irmãos.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.