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Conhecido por ser o "homem do PT" em esquemas ilícitos na Petrobras, apurados pela Lava Jato, Duque comandou, entre 2003 e 2012, uma diretoria da estatal que, segundo a força-tarefa, captou cerca de R$ 650 milhões em propinas com empreiteiras investigadas por corrupção.
Ele chegou a ser preso em fevereiro de 2015, na décima fase da Lava Jato, como um dos primeiros alvos do alto escalão da Petrobras. Em março de 2020, foi solto com medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica, e passou a morar no Rio enquanto recorria de sua condenação. Renato Duque deixou de usar o equipamento no ano passado, mas continuou proibido de deixar o País.
No dia 17 do mês passado, no entanto, foi condenado pela 12ª Vara Federal Criminal de Curitiba a 39 anos, dois meses e 20 dias de prisão em regime fechado pelos crimes de corrupção, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Segundo o mandado, a espécie de prisão determinada é "definitiva". O Estadão tentou contato com Duque na ocasião, mas não obteve retorno.
A detenção se dá para o cumprimento da pena de três ações que já transitaram em julgado, ou seja, processos em que já não há mais possibilidade de Duque recorrer.
O ex-diretor da Petrobras não firmou acordo de delação premiada, mas confessou crimes que envolviam integrantes do PT, como o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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