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O presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Fernando Capez (PSDB) disse na noite desta terça-feira (3) que não vai autorizar a entrada de mantimentos para os estudantes que invadiram o plenário durante a tarde. Capez afirma ainda que pedirá reintegração de posse.
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Sobre a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o esquema de propinas decorrente do superfaturamento das merendas nas escolas estaduais, reivindicação dos estudantes, o tucano disse que "o interesse dos estudantes em pedir a CPI coincide com o meu. Fui o primeiro a assinar esse requerimento". Ele foi citado em delação premiada como um dos destinatários de parte da propina.
Na reunião com os estudantes secundaristas, foi acordado que eles teriam acesso apenas a um banheiro e água.
ACESSO FACILITADO
Um coronel da Polícia Militar afirmou no local que deputados do PT haviam facilitado a entrada dos alunos. O líder da bancada do PT na Assembleia, deputado Zico, chamou a declaração de calúnia e baixaria. "Ele tem que provar isso. Nós respeitamos, mas não incentivamos os alunos."
Segundo Capez, os estudantes estavam na Assembleia para um evento no auditório Franco Montoro e, dali, entraram no plenário. Uma policial foi ferida nesse momento, ainda de acordo com o presidente da Assembleia.
Ao tomarem o local, inclusive com barracas, os estudantes fizeram barricada com poltronas e estenderam uma faixa com os dizeres "CPI da merenda já". O deputado Carlos Giannazi (PSOL) disse que o movimento não iria atrapalhar em nada a assembleia porque o plenário não seria usado para nada. "Não há trabalho aqui", afirmou.
A estudante da Fatec, Nayara Souza, 20, disse que os estudantes não sairiam enquanto não fossem recolhidas assinaturas suficientes para a instalação de uma CPI.
Capez informou que a comissão tem 23 das 32 assinaturas necessárias. Com informações da Folhapress.