© DR
O desemprego, a oscilação no valor do dólar e a inflação tem se refletido como um tsunami na vida dos brasileiros, causando muitas vezes uma perturbação emocional recheada de ansiedade, insônia, estresse e depressão, problemas que podem piorar e muito os indicadores importantes do corpo, como o peso corporal, os níveis de pressão arterial e a liberação excessiva do hormônio cortisol que consequentemente afetam a saúde do coração.
PUB
Segundo uma pesquisa realizada em Cambridge, Inglaterra, em um período de crise, as doenças cardiovasculares sobem 26% nos países mais pobres. O número é quatro vezes superior ao das nações ricas. Outra pesquisa realizada na Argentina que analisou mais de 3.300 prontuários comprovou que o número de infartos mais que dobrou em momentos de crise (1999-2002). Além disso, casos de insuficiência cardíaca também subiram e a mortalidade dos pacientes atendidos aumentou em 20%.
De acordo com o cirurgião cardíaco do hospital Beneficência Portuguesa, Marcelo Sobral, quando se tornam frequentes e exagerados, o estresse e a ansiedade podem resultar em arritmias cardíacas, insuficiência cardíaca e até o infarto do miocárdio. Isso porque fortes emoções podem fazer com que o corpo sofra uma descarga de adrenalina que acelera os batimentos cardíacos e aumenta a pressão arterial.
Já a depressão, doença que tem como sintomas insônia, tristeza profunda e irritabilidade também pode contribuir para o desenvolvimento de problemas cardíacos, pois o depressivo pode sofrer alterações endócrinas e imunológicas que, em alguns casos, aumentam os níveis de colesterol e triglicerídeos.
Portanto, o melhor a se fazer é manter a calma e adotar hábitos saudáveis que favorecem o bem-estar neste período de turbulência. “Realizar atividade física ao ar livre, manter as rotinas de alimentação e de sono, não abusar no consumo de bebidas alcoólicas, controlar o peso e se afastar de notícias negativas são ações que ajudam a enfrentar esta fase sem sustos com a saúde”, destaca Sobral.