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O dólar volta a operar em alta frente ao real na manhã desta quarta-feira, 28, pela terceira sessão consecutiva, a despeito da queda dos rendimentos dos Treasuries. Os ajustes dos ativos locais refletem a valorização externa da divisa americana frente a pares principais e várias moedas emergentes em meio a uma ampliação das perdas do petróleo.
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As preocupações sobre a demanda pela commodity voltam a se sobrepor aos riscos à oferta, depois do choque causado pela interrupção da produção da Líbia. Analistas da BTU Analytics, da FactSet, acreditam que o impacto do imbróglio líbio nos preços será de curta duração, uma vez que a Opep+ tem espaço suficiente para compensar o rombo na oferta global.
Os títulos do Tesouro americano acentuaram a queda e puxam os juros dos Bonds europeus para baixo, em uma sessão de agenda esvaziada que mantém o foco na demanda em leilão de T-notes de 5 anos nesta tarde. No radar dos mercados estão ainda dados de PIB dos EUA, nesta quinta, 29, inflação PCE, na sexta, 30, e o relatório de empregos americano payroll, na próxima semana.
Do lado interno, as atenções ficam na coletiva sobre a revisão dos gastos do governo, no Caged e em palestra do presidente do BC, Roberto Campos Neto (10h), em conferência anual do Santander. O mercado vem ampliando apostas sobre uma postura mais agressiva do Copom sobre a Selic e aguardam uma definição sobre o novo presidente do BC a partir de janeiro de 2025.
Na noite desta terça-feira, 27,, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva considera anunciar "em breve" o nome do sucessor do atual presidente do BC. Conversei com Campos Neto de que agosto ou setembro seria bom mês para o anúncio, disse o ministro. Também são aguardados entrevista do Planejamento sobre as medidas de corte de gastos do governo e o relatório do Caged, com o resultado da criação de empregos com carteira assinada em julho.
Na agenda, mais cedo, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) ficou estável em agosto, a 101,7 pontos, na série com ajuste sazonal, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em julho, o indicador havia atingido 101,7 pontos. Com o resultado de hoje, a média móvel trimestral do índice subiu 1,2 ponto.
Às 9h44 desta quarta, o dólar à vista subia 0,70%, a R$ 5,5409. O dólar para setembro ganhava 0,60%, a R$ 5,5420.
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