Marçal repete ataque a Boulos sem apresentar provas e desconversa sobre homônimo

Pablo Marçal vem apostando em difundir mentiras contra Boulos, que é o candidato líder nas pesquisas de São Paulo

© Reprodução / Instagram

Política Fake News 28/08/24 POR Folhapress

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O candidato do PRTB a prefeito de São Paulo, Pablo Marçal, criticou o adversário Guilherme Boulos (PSOL) nesta quarta-feira (28) ao ser questionado a respeito de reportagem da Folha que mostrou que sua campanha utilizaria o caso de um homônimo para acusar o rival de ser usuário de drogas.

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Durante visita a uma padaria na região da Vila Prudente (zona leste), Marçal afirmou: "Eu não acompanho matéria. Não entendi da onde tiraram isso, mas se alguém quer fazer defesa do Guilherme coloca ele pra fazer exame toxicológico, vamos colocar os candidatos para descobrir quais são os dois usuários".

"Ser usuário não é crime, não sei porque estão apavorados. Se quer fazer a defesa correta, mostra a contraprova, não adianta pedir agora. A questão é que já tenho em mãos e vou mostra na hora certa, eu conheço o povo, o povo esquece. O Boulos eu exorcizei com a carteira de trabalho."

Marçal disse que o candidato do PSOL está "de parabéns" porque agora está "caçando uma igreja para frequentar".

"Estou vendo que tá mudando o comportamento. Não quer liberar droga, não quer liberar aborto. Toda eleição ele muda de posicionamento. Ele tem que mostrar a contra prova. Eu vou deixar pra última hora pra mostrar tem a ver com internação. Também não adianta querer advogar com ele usando os jornais, porque tem muito militante nos jornais", comentou.

Reiteradas vezes em debates e em publicações nas redes, o autodenominado ex-coach se referiu ao psolista como "aspirador de pó" e fez gestos no nariz antes de se dirigir a ele. Boulos já chamou Marçal de "psicopata" e "mentiroso compulsivo" e foi à Justiça contra ele.

A Folha apurou que esse dossiê de Marçal contra Boulos é uma lista de processos buscados na Justiça apenas com o filtro das palavras-chave "Guilherme" e "Boulos", e não pelo CPF, por exemplo. O resultado disso é uma listagem sem detalhamento.

A reportagem obteve a certidão do caso, que ocorreu em 2001, e verificou que quem figura como réu nesse processo sobre drogas nas mãos de Marçal não é Guilherme Castro Boulos, candidato à prefeitura, e sim Guilherme Bardauil Boulos, um empresário que hoje, coincidentemente, disputa uma vaga na Câmara Municipal de São Paulo pelo Solidariedade.

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