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SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, sugeriu nesta quarta-feira (28) uma suspensão parcial de operações militares na Faixa de Gaza para uma campanha de vacinação contra a poliomielite.
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Gabinete de Netanyahu disse que aprovou a trégua em certas áreas em Gaza. Segundo a mídia israelense, a decisão foi tomada a pedido do Secretário dos Estados Unidos, Antony Blinken, durante sua última viagem ao local para negociações de paz em meio a guerra entre Israel e Hamas, que terminou sem acordo.
Surto de pólio na Faixa pode se espalhar para Israel se não for contido. O cenário não ocorre em Gaza há 25 anos, de acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde). No início do mês, o primeiro caso foi de um bebê de 10 meses, que não havia recebido nenhuma das doses contra a doença.
Hamas teria concordado em manter pausa de sete dias. A informação é do site de notícias Al-Araby Al-Jadeed, que entrevistou o porta-voz do grupo extremista, Jihad Taha. Hamas estaria pedindo a todos que sigam com a iniciativa de trégua temporária.
A primeira de duas rodadas da vacinação deve começar no sábado (31). Mais de 25 mil frascos de vacina, o suficiente para mais de 1 milhão de doses, chegaram a Gaza junto ao equipamento necessário para aplicação, informou o The Guardian.
Incerteza sobre pausas humanitárias e ordens de evacuação dificultam campanha. ''Você tem que saber quantas pessoas você vai alcançar: onde elas estão localizadas? Como você vai alcançá-las?. O planejamento é um elemento muito importante para o sucesso de qualquer operação, mas em Gaza isso é praticamente inexistente'', relatou ao jornal britânico Juliette Touma, porta-voz da agência de ajuda humanitária da ONU, Unrwa.