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"Ele (Galípolo) vai trabalhar com a autonomia que eu dei ao Meirelles (Henrique Meirelles, que presidiu o BC de 2003 a 2011), até porque agora ele tem mandato de quatro anos, o mesmo de um presidente da República. Dá o direito de fazer as coisas corretas. Se tiver de baixar juros, baixa. Se tiver de aumentar, aumenta. Vai precisar de explicação, porque o BC tem de ter meta de crescimento também, senão não vamos a lugar algum", disse.
O presidente afirmou ainda que o chefe do BC não tem de defender os interesses do sistema financeiro e do mercado, mas sim "gostar do País" e "pensar na soberania nacional". "O problema é que, no imaginário do mercado, o presidente do BC tem de ser um representante do sistema financeiro, e eu não acho que tenha de ser."
Atual diretor de Política Monetária do BC, Galípolo vai substituir Roberto Campos Neto, cujo mandato termina em dezembro. Analistas afirmam que Galípolo - que ainda precisa passar por sabatina no Senado - terá o desafio duplo de manter os critérios técnicos na definição da política monetária e, ao mesmo tempo, contornar a pressão política que virá do Planalto para cortar a Selic.
Lula repetiu algumas das críticas que vem fazendo a Campos Neto, que, segundo ele, "fica mais em Miami que no Brasil".
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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