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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O drama político "Ainda Estou Aqui", de Walter Salles, causou impacto em sua estreia no Festival de Cinema de Veneza, recebendo uma ovação de dez minutos.
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Este é o primeiro longa-metragem narrativo do cineasta brasileiro em 12 anos, e a resposta calorosa da plateia confirmou a expectativa em torno do retorno de Salles. O diretor é nome por trás de produções como "Central do Brasil" e "Terra Estrangeira".
O filme, ambientado no Brasil de 1971, narra a luta de Eunice Paiva, interpretada por Fernanda Torres, para encontrar seu marido desaparecido, após ser preso pela ditadura militar. Baseado nas memórias de Marcelo Rubens Paiva, o roteiro de Murilo Hauser e Heitor Lorega mergulha nas agruras de uma família diante do regime opressor. A atuação de Torres foi particularmente destacada, com a atriz emocionada ao final da sessão.
O evento contou com a presença de Salles, Torres e Selton Mello, além de Marcelo Rubens Paiva, autor do livro que inspirou o filme.
O desempenho do filme no festival foi destacado na imprensa internacional. O site Hollywood Reporter o define como uma "poderosa história da resistência de uma família destruída", já o Deadline diz que "a plateia deu uma resposta calorosa ao emocionante drama político".
A Variety, por sua vez, destaca que a obra é um "retrato de memória sensorial profundamente emocionante de uma família -e uma nação- rupturada".