© Getty
JUIZ DE FORA, MG (FOLHAPRESS) - O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta sexta-feira em Juiz de Fora (MG) que o ato deste 7 de Setembro na avenida Paulista, em São Paulo, será para desafiar o que ele chama de "sistema" e pedir a saída do ministro Alexandre de Moraes do STF (Supremo Tribunal Federal). "Vamos desafiar o sistema que eu comecei a abrir suas vísceras exatamente há seis anos."
PUB
Falando em ato a apoiadores na cidade em que levou a facada que quase o matou em 2018, Bolsonaro atacou Moraes diretamente. "Aquele ministro do STF não dá mais. Ele não tem sensibilidade, não tem noção, age como um obcecado para perseguir a minha pessoa."
"Algo me aconselhou a agir dessa maneira. Se eu tivesse ficado [no Brasil], no dia 8 de janeiro [de 2023], teria sido preso e até hoje estaria preso. Ou estaria morto, porque o sistema não me quer vivo. Me quer morto."
"Onde um ditador diz: 'quero pegar o filho do Bolsonaro'. Isso é coisa de insanidade, de quem não quer o melhor futuro do seu país."
Declarado inelegível pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) até 2030 por ataques e mentiras sobre o sistema eleitoral, o ex-presidente foi indiciado neste ano pela Polícia Federal em inquéritos sobre as joias e a falsificação de certificados de vacinas contra a Covid-19.
Além desses casos, Bolsonaro é alvo de outras investigações, que apuram os crimes de tentativa de golpe de Estado e de abolição violenta do Estado democrático de Direito, incluindo os ataques de 8 de janeiro de 2023.
Parte dessas apurações está no âmbito do inquérito das milícias digitais relatado pelo ministro Alexandre de Moraes (STF) e instaurado em 2021, que podem em tese resultar na condenação de Bolsonaro em diferentes frentes.
Caso seja processado e condenado pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado democrático de Direito e associação criminosa, Bolsonaro poderá pegar uma pena de até 23 anos de prisão e ficar inelegível por mais de 30 anos.