© <p>Globo/Ramón Vasconcelos</p>
ANAHI MARTINHOSÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - As denúncias de assédio sexual envolvendo o agora ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, estão repercutindo entre a classe artística. Almeida foi demitido por Lula na tarde desta sexta-feira (6) após vir à tona uma série de relatos de assédio e importunação sexual que teriam sido praticados por ele. O ex-ministro nega veementemente as acusações.
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"Decepção", "susto" e "choque" foram algumas das palavras usadas por artistas, principalmente aqueles historicamente aliados do governo Lula, para lamentar o episódio nas redes sociais. No Instagram, Zélia Duncan se disse assustada e cobrou providências.
"Ontem foi um dia de muito choque", desabafou a cantora, lembrando os altos índices de violência contra a mulher no Brasil. "Moramos em um país onde, mesmo com toda a consciência que a gente acredita estar tomando, o feminicídio é absurdo, a misoginia só aumenta, o patriarcado está cada vez mais ignorante e violento."
"Uma notícia dessas dentro do próprio governo, vinda de pessoas que até ontem simbolizavam equilíbrio e proteção... A notícia já é muito dura, e sendo essas as pessoas envolvidas, machuca ainda mais", lamentou a artista. "O mais importante é que o governo tome alguma providência e parece que já está tomando. Que a justiça seja feita, caso haja realmente um delito dessa natureza."
Na publicação de Zélia, Preta Gil comentou: "Faço das suas as minhas palavras". O cantor Paulinho Moska e o ator João Vitti também apoiaram o posicionamento da cantora.
Palomma Duarte republicou o vídeo de Zélia e acrescentou: "Muito assustada com isso. Obrigada por organizar meu susto, espanto, todo esse descabido. Não estamos sós. Que o governo seja forte para se olhar no espelho e tomar a atitude que precisa", cobrou.José de Abreu também republicou a postagem, acrescentando: "Todo o direito à defesa para Silvio de Almeida."
ENTENDA O CASONa última quinta-feira (5), veio à tona uma série de acusações de assédio sexual contra o ministro Silvio Almeida. Uma das supostas vítimas seria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.Silvio Almeida divulgou nota e vídeo negando as acusações. As denúncias foram publicadas pelo colunista Guilherme Amado, do portal Metrópoles. O relato envolve casos que teriam ocorrido no ano passado e foram denunciados à organização Me Too Brasil.