Zimbábue vai abater mil elefantes para aliviar fome causada pela seca

O Zimbabué iniciará um programa de abate de até 1.000 elefantes no final deste mês para aliviar situações de fome nas comunidades locais e reduzir a pressão sobre os recursos naturais, devido à seca, disse hoje o governo.

© Lusa

Mundo Alterações Climáticas 14/09/24 POR Notícias ao Minuto Brasil

"O Zimbabué tem mais elefantes do que precisa e temos mais elefantes do que as nossas florestas podem suportar. Estamos falando com a ZimParks (Parques Nacionais e Vida Selvagem do Zimbabué) e com algumas comunidades locais sobre o assunto", afirmou à agência de notícias espanhola EFE o ministro do Ambiente, Clima e Vida Selvagem, Sithembiso Nyoni.

PUB

 

"Vamos fazer o que a Namíbia já fez antes, ou seja, vamos abater elefantes e mobilizar os locais para recolherem a carne e secá-la para beneficiar as comunidades como alimento proteico", acrescentou Nyoni.

De acordo com o ministro, o abate será efetuado legalmente e ajudará a descongestionar as paisagens do país, que tem uma população total de cerca de 100.000 elefantes, bem como reduzirá os conflitos entre as pessoas e os animais selvagens.

Este é o segundo programa deste tipo que o Zimbabué realiza desde a sua independência do Reino Unido em 1980, tendo o primeiro sido em 1988.

O Zimbabué segue uma decisão idêntica da Namíbia, que anunciou no final de agosto passado o abate de 723 animais, incluindo elefantes, zebras, hipopótamos e búfalos, entre outros, para também aliviar a fome provocada pela seca.

Mais de 30 milhões de pessoas na África Austral estão sendo afetadas por uma seca severa causada pelo El Niño, afirmaram as Nações Unidas no início de junho, apelando à ajuda internacional para evitar a insegurança alimentar.

O impacto crescente do fenômeno meteorológico conduziu a graves déficits de precipitação na África Austral, com temperaturas cinco graus acima da média.

De fato, em 2024, a região teve o fevereiro mais seco dos últimos 100 anos, recebendo apenas 20% da precipitação normal esperada para este período.

Mesmo antes da seca, os níveis de insegurança alimentar e de necessidades humanitárias eram elevados, devido aos desafios socioeconômicos, aos elevados preços dos alimentos e às consequências agravadas da crise climática.

Angola, África do Sul, Moçambique, Namíbia, Malawi, Zâmbia e Zimbabué estão a sofrendo com os impactos da seca e os quatro últimos declararam estado de emergência.

Leia Também: Trump promete deportar haitianos enquanto cidade enfrenta onda de ameaças por fake news

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Beto Barbosa Há 8 Horas

Beto Barbosa é criticado por ter se casado com adolescente de 15 anos

politica BOLSONARO-JUSTIÇA Há 7 Horas

Bolsonaro terá benefício em prescrição de crimes ao fazer 70 anos em 2025

fama Redes Sociais Há 7 Horas

Jojo Todynho vira garota-propaganda da Havan, que ironiza 'cancelamento'

lifestyle Aquecimento global Há 10 Horas

Aproveite bem o chocolate: Ele e outros alimentos podem estar com os dias contados

fama Uberlândia Há 3 Horas

Influenciadora morre arrastada por enchente em Minas Gerais

fama TV Há 23 mins

Elizabeth Savala faz 70 anos e negocia volta à TV

fama MARIA-FLOR Há 5 Horas

Todo mundo diz que tenho cara de boazinha, mas sou brava, diz Maria Flor

economia DÉCIMO-TERCEIRO Há 8 Horas

Veja quem tem direito ao 13º proporcional e como calcular o valor

fama Ilhas Há 5 Horas

Famosos e suas ilhas privadas: Quem é o dono de um refúgio brasileiro?

fama Escândalos Há 23 Horas

Escândalos esquecidos de Hollywood: De abortos forçados a assassinatos