© Søren Rysgaard/Exército dinamarquês
O tsunami que se seguiu ao deslizamento de terras na Gronelândia fez com que o planeta registasse vibrações sísmicas ao longo de nove dias, em setembro do ano passado.
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A queda de um bloco de gelo com 1,2 quilômetros de altura e cerca de 25 milhões de metros cúbicos fez com que a água no fiorde Dickson se movimentasse para a frente e para trás, tendo provocado vibrações na crosta terrestre, de acordo com um estudo publicado na revista Sciente, na quinta-feira.
O fenômeno, que deixou os cientistas incrédulos, resultou na projeção das águas a uma altura de 200 metros, com uma onda de até 110 metros de altura.
“Esta onda, que se estendia por 10 quilômetros de altura, reduziu-se a sete metros em poucos minutos, calculam os investigadores, e teria descido para alguns centímetros nos dias seguintes”, lê-se no comunicado divulgado esta sexta-feira pela University College London (UCL), cujos estudiosos estiveram envolvidos no trabalho.
Através de um modelo matemático, os cientistas equacionaram que a água teria se movimentado a cada 90 segundos, “correspondendo aos registos de vibrações que se deslocam na crosta terrestre em todo o globo”.
“O deslizamento de terras, escreveram os pesquisadores, resultou do fato de o glaciar no topo da montanha ter diminuído de espessura, tornando-se incapaz de sustentar a face rochosa acima dele. Este fato deveu-se, em última análise, às alterações climáticas. O deslizamento de terras e o tsunami foram os primeiros observados no leste da Gronelândia”, complementou a nota.
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