O que aconteceu com o buraco na camada de ozônio?
Um relatório de 2023 da ONU forneceu dados inéditos
O que aconteceu com o buraco na camada de ozônio?
Na virada do século XXI, grande parte da conversa ambiental era sobre o buraco na camada de ozônio. Houve um pânico compreensível depois que foi descoberto na década de 1980 que certos produtos químicos feitos pelo homem estavam causando o esgotamento da camada protetora da Terra. Nos últimos anos, no entanto, a conversa é muito mais sobre mudanças climáticas e mal ouvimos falar sobre a camada de ozônio. O que nos deixa pensando: o que aconteceu com o buraco na camada de ozônio?
Bateu a curiosidade também? Na galeria, descubra se o buraco ainda existe.
© Shutterstock
A estratosfera
No alto da superfície da Terra, entre 9,6 e 48,2 km acima para ser exato, está uma camada da atmosfera conhecida como estratosfera.
©
Shutterstock
A camada de ozônio
A estratosfera é o lar de grande parte do ozônio da Terra, um gás incolor ou azul pálido que desempenha um papel importante em tornar nosso planeta habitável.
©
Shutterstock
Protetor solar natural
A camada de ozônio age como um escudo protetor contra os raios ultravioletas do Sol; sem ela, não haveria vida na Terra.
©
Shutterstock
Pânico
Houve um grande alarme na década de 1980, quando o British Antarctic Survey publicou uma pesquisa que confirmou que havia um buraco na camada de ozônio.
©
Shutterstock
CFCs
A Pesquisa sugeriu uma ligação entre danos à camada de ozônio da Terra e o uso de clorofluorocarbonetos (CFCs), que são encontrados em aerossóis e dispositivos de resfriamento.
©
Shutterstock
Descoberta anterior
Na verdade, os cientistas Mario Molina (foto) e F. Sherry Rowland já haviam sugerido em 1974 que os CFCs poderiam destruir a camada de ozônio. Infelizmente, o trabalho deles foi ignorado.
©
Getty Images
CFCs em todo lugar
O uso de CFCs em produtos que vão de frigoríficos a agentes de limpeza industrial proliferaram e, em meados da década de 1980, a situação era perigosa.
©
Shutterstock
Ação
Felizmente, nesse ponto os governos se reuniram e tomaram medidas sem precedentes para reparar o buraco na estratosfera que age como um protetor solar natural da Terra.
©
Shutterstock
Status quo
É por essa razão que em 2022 não ouvimos mais sobre o buraco na camada de ozônio e os efeitos potencialmente devastadores que ele poderia ter.
©
Shutterstock
Alívio
De acordo com Laura Revell, professora da Universidade de Canterbury, na Nova Zelândia, o buraco na camada de ozônio "já não é a mesma causa de alarme que um dia foi.".
©
Shutterstock
O Protocolo de Montreal
Em 1987, foi adotado um acordo global chamado Protocolo de Montreal, com o objetivo de proteger a camada de ozônio. O plano era eliminar gradualmente as substâncias que a esgotam.
©
Shutterstock
Muito eficiente
O Protocolo de Montreal foi extremamente eficaz: em 2009, cerca de 98% dos produtos químicos que os países haviam concordado em eliminar gradualmente tinham desaparecido.
©
Shutterstock
Por que funcionou
O sucesso da Protocolo de Montreal se deve ao fato de que o problema foi reconhecido com "responsabilidades em comum, mas diferenciadas" por países desenvolvidos e em desenvolvimento.
©
Shutterstock
Por que funcionou
Os cronogramas de eliminação foram escalonados e havia um fundo criado para fornecer ajuda financeira e técnica aos países que precisavam disso para se tornarem compatíveis com as medidas.
©
Shutterstock
Substituições de CFC
Inevitavelmente, outras substâncias foram introduzidas para substituir os CFCs e, infelizmente, algumas delas acabaram por ser ruins para o clima, também. Por sua vez, o tratado também restringiu estas substâncias.
©
Shutterstock
Universalmente reconhecido
O Protocolo de Montreal foi assinado por todos os países do mundo, tornando-o o único tratado a ser universalmente homologado. É um grande exemplo de cooperação ambiental internacional.
©
Shutterstock
Prevenção do câncer de pele
Existem alguns modelos que sugerem que o tratado e suas alterações ajudaram a prevenir até dois milhões de casos de câncer de pele a cada ano.
©
Shutterstock
Amplamente reconhecido
Agora é amplamente aceito entre os cientistas que se o mundo não tivesse banido os CFCs no passado, estaríamos em uma situação perigosa em 2022.
©
Shutterstock
Literalmente
De acordo com a pesquisadora do governo dos EUA Susan Solomon, "está muito bem estabelecido que, até 2050, teríamos condições semelhantes a buracos de ozônio em todo o planeta e o mundo teria se tornado inabitável."
©
Getty Images
Ainda está lá
Em 2022, o buraco de ozônio sobre a Antártida ainda existe, mas há evidências de que ele está começando a desaparecer e que a camada de ozônio se recuperará totalmente.
©
Shutterstock
Previsões
Os cientistas acreditam que a camada de ozônio deve retornar à sua forma pré-1980 em meados do século XXI.
©
Shutterstock
Movimento lento
O processo de cura, infelizmente, é longo; moléculas que destroem o ozônio podem ficar na atmosfera por até 150 anos antes de começarem a deteriorar.
©
Shutterstock
Avançando
O sucesso do Protocolo de Montreal é amplamente reconhecido, mas os cientistas também têm chamado a atenção sobre a importância de monitorar regularmente variáveis ambientais.
©
Shutterstock
Vulcões
De fato, há certos riscos no futuro da estratosfera. Grandes erupções vulcânicas, por exemplo, podem causar esgotamento do ozônio.
©
Shutterstock
Óxido nitroso
O óxido nitroso também pode ser prejudicial para a camada de ozônio. O gás do efeito estufa não é controlado pelo Protocolo de Montreal e as emissões estão acima do recomendado.
©
Shutterstock
Aprendizado
De acordo com a professora Laura Revell, "é muito importante que tenhamos em mente as lições aprendidas com a história do buraco do ozônio e nos certifiquemos de estarmos constantemente cientes do que está acontecendo na estratosfera."
©
Shutterstock
Paralelamente
Também é tentador traçar comparações entre o desaparecimento do ozônio e a crise das mudanças climáticas que enfrentamos em 2022.
©
Shutterstock
A comparação óbvia
Podemos questionar por que os governos internacionais ainda não encontraram uma solução para as mudanças climáticas, dado que o Protocolo de Montreal demonstra sua capacidade de resolver questões tão complexas.
©
Shutterstock
Diferença chave
Vale lembrar, no entanto, que o principal culpado pelas mudanças climáticas são os combustíveis fósseis e estes são muito mais difundidos e, portanto, difíceis de substituir do que os CFCs.
©
Shutterstock
Para pensar
O sucesso do Protocolo de Montreal é um grande testemunho da cooperação ambiental internacional, mas será que suas lições podem ser usadas para enfrentar o problema atual?
©
Shutterstock
Boas notícias em 2023
Um relatório da ONU de 2023 diz que a ação humana para salvar a camada de ozônio realmente funcionou, e a camada protetora da Terra está a caminho de se recuperar em apenas algumas décadas, de acordo com a BBC. O documento, coproduzido por agências da ONU, dos Estados Unidos e da União Europeia, diz que se as políticas atuais forem mantidas, o ozônio será restaurado, embora em diferentes pontos do mundo. Sobre a Antártida, onde o esgotamento foi o pior, espera-se que o ozônio se recupere até 2066; sobre o Ártico, projeta-se que se cure até 2045; e em todos os outros lugares deve levar cerca de duas décadas. Devemos agradecer ao Protocolo de Montreal por ter chegado tão longe, mas o progresso contínuo ainda depende de nossos esforços contínuos.
Fontes: (BBC) (UN Environment Programme)
©
Getty Images
Lifestyle
Camada de ozônio
16/09/24
POR Notícias Ao Minuto
Na virada do século XXI, grande parte da conversa ambiental era sobre o buraco na camada de ozônio. Houve um pânico compreensível depois que foi descoberto na década de 1980 que certos produtos químicos feitos pelo homem estavam causando o esgotamento da camada protetora da Terra. Nos últimos anos, no entanto, a conversa é muito mais sobre mudanças climáticas e mal ouvimos falar sobre a camada de ozônio. O que nos deixa pensando: o que aconteceu com o buraco na camada de ozônio?
Bateu a curiosidade também? Na galeria, descubra se o buraco ainda existe.
Leia Também: Vacina mostra resultados promissores contra câncer em estado avançado
PARTILHE ESTA NOTÍCIA