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Uma série de explosões envolvendo dispositivos eletrônicos conhecidos como ‘pagers’ (ou ‘beepers’) no Líbano resultou na morte de pelo menos nove pessoas e deixou mais de 2.800 feridos. Israel foi apontado como o principal suspeito de estar por trás do ataque, segundo relatos da Reuters.
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Esses pequenos dispositivos, populares nas décadas de 1980 e 1990, ainda são utilizados em algumas áreas devido à sua precisão e confiabilidade. Ao contrário de redes Wi-Fi e celulares, os ‘pagers’ operam em uma frequência de rádio própria, o que os torna menos suscetíveis a interferências e interceptações. Além de seu uso em hospitais, principalmente nos Estados Unidos, eles também podem ser aproveitados em comunicações ilegais, como retratado na série da HBO The Wire.
No caso específico do Líbano, os ‘pagers’ eram usados por afiliados do Hezbollah para evitar o monitoramento das comunicações por Israel. No entanto, civis também faziam uso desses dispositivos. De acordo com o New York Times, Israel teria implantado uma operação secreta para esconder explosivos em ‘pagers’ fabricados pela empresa Gold Apollo, de Taiwan, que posteriormente foram exportados para o Líbano.
A suspeita é de que os serviços de inteligência israelenses detonaram os dispositivos remotamente, sobrecarregando suas baterias e provocando as explosões. Até o momento, nem o governo nem o exército de Israel se manifestaram oficialmente sobre o incidente.
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