Macron nomeia governo de direita depois de eleições vencidas pela esquerda

O novo primeiro-ministro, Michel Barnier, precisou de semanas para montar uma coalizão com forças de centro e de direita antes de apresentar seu gabinete

© LUDOVIC MARIN/POOL/AFP via Getty Images

Mundo França 22/09/24 POR Folhapress

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O presidente da França, Emmanuel Macron, nomeou seu novo governo neste sábado (21) após meses de incerteza política depois das eleições parlamentares em julho.

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O novo primeiro-ministro, Michel Barnier, precisou de semanas para montar uma coalizão com forças de centro e de direita antes de apresentar seu gabinete, composto principalmente por macronistas e membros do partido conservador Os Republicanos.

A nova composição dos ministérios foi formada apesar do triunfo da aliança esquerdista NFP (Nova Frente Popular), que saiu das urnas como a maior força na Assembleia Nacional, mas sem uma maioria que permitisse barrar qualquer arranjo que a excluísse do poder. A coalizão de Macron também não tem essa maioria, e aposta no apoio tácito da ultradireita de Marine Le Pen para manter o governo de pé.

Para isso, escolheu nomes que representam uma forte guinada à direita de seu governo, como o novo ministro do Interior, Bruno Retailleau, líder dos Republicanos no Senado e conhecido pela linha dura na questão da imigração, principal bandeira da ultradireita de Le Pen.

Ao todo, o novo governo terá 39 ministros, com alguns permanecendo no cargo, como Sébastien Lecornu no Ministério da Defesa e Rachida Dati na pasta da Cultura. Antoine Armand, 33, será o novo ministro da Economia em um contexto de "situação fiscal muito grave", de acordo com o primeiro-ministro Barnier. O novo ministro de Relações Exteriores é Jean-Noel Barrot.

Macron escolheu Barnier por considerar que o ex-negociador do brexit teria a maior capacidade de montar um governo enquanto cumpria sua promessa de campanha de isolar tanto a ultradireita quanto a esquerda e não permitir que elas cheguem ao governo.

Mas a decisão causou revolta entre os deputados da NFP, que reivindicavam para si a tarefa de formar um governo, tendo terminado o pleito em primeiro lugar. Ainda assim, no sistema semipresidencialista da França, é possível ganhar e não levar: o chefe do Executivo não precisa da anuência da Assembleia para escolher um primeiro-ministro –embora esse nome ainda possa ser derrubado por um moção de censura no Parlamento.

A NFP já anunciou que vai pedir uma moção do tipo contra Barnier, que pode ser bem-sucedida se tiver o apoio da ultradireita. A líder desse bloco, a ex-candidata derrotada por Macron na disputa pela Presidência Marine Le Pen, disse que vai esperar para conhecer o plano de governo de Barnier antes de se pronunciar.

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