© Agência Senado / Geraldo Magela
A nona reunião da Comissão Especial de Impeachment no Senado teve início às 14h28 desta sexta-feira (6). Por 15 votos a 5, os senadores aprovaram a admissibilidade do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Encaminharam voto pelo sim à continuidade do impeachment: PP, PR, PSC, PV, PSB, PMDB, PSD, DEM, PTB, PSDB e PPS.
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O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) foi o primeiro a pedir a palavra e afirmou ter visto nas redes sociais, postagens com frases falsas atribuídas ao senador Aécio Neves (PSDB-MG) e compartilhada na página do senador Lindbergh Farias (PT-RJ). O tucano diz esperar que se trate de "engano" da assessoria do petista. O senador Lindbergh disse então que foi ele quem fez a postagem citando Aécio Neves (PT-RJ) e teve início a um bate-boca. O tucano xingou o petista de "oportunista" e o senador Raimundo Lira (PMDB-PB) encerrou a sessão por cinco minutos para trocar a campainha da sala, pois "não está à altura desse momento histórico".
O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) disse que vai levar Lindbergh Farias ao Conselho de Ética da Casa por conta de suas afirmações a respeito de Aécio Neves (PSDB-MG), de que ele defende o corte de direitos trabalhistas.
Pelo rito da sessão desta sexta, Anastasia terá direito a uma fala sobre o relatório apresentado na última quarta-feira, após as primeiras comunicações. Em seguida, os líderes de partidos e blocos partidários terão, cada um, cinco minutos para encaminhar a orientação de voto.
A votação será eletrônica, mas os senadores que quiserem terão o direito de anunciar seu voto em dez segundos. Composta de 21 membros, a comissão precisa de maioria simples (11 votos) para aprovar o relatório.
Senadora Ana Amélia (PP-RS) diz que "ninguém está acima da lei", nem os presidentes, e por isso seu partido vota "sim".
O senador Eduardo Amorim (PSC-SE) encaminha voto "sim" à admissibilidade da abertura de processo contra Dilma.
Senador Álvaro Dias (PV-PR) afirma que "os pressupostos fundamentais estão presentes" e que há "um imenso apoio popular" ao impeachment da presidente.
Senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) encaminha voto 'sim' pela admissibilidade do impeachment.
A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) afirma que Dilma foi atingida também por ser mulher, pois a política é um ambiente masculino e que não admite mulheres no comando. A parlamentar diz que "é como se fossemos punir uma infração de trânsito com a pena de morte" e encaminha o voto contrário ao impeachment de Dilma.
O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) encaminha o voto favorável ao processo de impeachment de Dilma.
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) encaminha seu voto contrário ao processo de impeachment.
Senador Waldemir Moka (PMDB-MS) encaminha voto 'sim' pela admissibilidade do impeachment
Senador José Medeiros (PSD-MT) encaminha voto 'sim' pela admissibilidade do impeachment.
O senador Wellington Fagundes (PR-MT) encaminha voto favorável à continuidade do processo de impeachment.
O senador Magno Malta (PR-ES) fala pelo bloco moderador. Ele encaminha voto favorável ao prosseguimento do processo e compara Dilma a traficante.
O senador Telmário Mota (PDT-RR) encaminha voto contrário ao seguimento do processo.
Senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) encaminha voto 'sim' pela admissibilidade do impeachment.
Senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) encaminha voto 'sim' pela admissibilidade do impeachment.
Senador Zezé Perrella (PTB-MG) encaminha voto 'sim' pela admissibilidade do impeachment.
O senador Humberto Costa (PT-PE) fala como líder do governo e encaminha voto contrário à admissibilidade do impeachment. "Não ao golpe", diz.
O senador Cristovam Buarque (PPS-DF) afirma que não tem voto na comissão, porque é suplente, mas faz questão de encaminhar o voto favorável à continuidade do processo no Senado.
O senador Gladson Cameli (PP-AC) encaminha voto de seu bloco, favorável a continuar o processo contra Dilma.
O senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) reafirma a convicção de que houve crime fiscal. Seu relatório recomenda o prosseguimento, no Senado, do processo de impeachment de Dilma.
O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) encaminha voto contrário à continuidade do processo de impeachment.
O presidente da comissão, senador Raimundo Lira (PMDB-PB), afirma que só vai votar em caso de empate, mas sua presença é contada para efeito de quorum, segundo as regras.