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SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Um homem foi preso por suspeita de praticar uma série de estupros virtuais e obrigar as vítimas a escreverem seu nome na própria pele. Ele foi preso em Itacajá, no norte do Tocantins, na segunda-feira (23).
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O suspeito, 19, conhecia as vítimas na internet e mantinha relação sexual com elas pelas redes sociais. Jovem inicialmente se aproximava com a intenção de fazer amizade com as mulheres e, conforme conquistava a confiança delas, iniciava relações íntimas que culminavam nos abusos, segundo informações da Polícia Civil do Tocantins.
Suspeito usava fotos e vídeos íntimos das vítimas para forçá-las a fazer suas vontades e extorqui-las. A polícia, porém, não informou quanto dinheiro o homem pedia, nem se as mulheres pagaram para evitar os vazamentos.
Vítimas eram residentes do Tocantins e também de outros estados do país. Conforme o delegado do caso, Nivaldo Antunes Siqueira, o suspeito ainda "obrigava as vítimas a se cortarem usando um estilete, no sentido de colocar na pele o codinome [forma como se identificava na internet] virtual dele".
Polícia Civil não detalhou quantos boletins de ocorrência foram registrados, nem quantas mulheres foram vítimas do homem. Segundo explicou a corporação, as informações sobre o caso foram colhidas com base no levantamento de informações realizados pelo CiberLab, do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Aparelhos eletrônicos do suspeito foram apreendidos para serem periciados. Segundo apurou a investigação, há material dos supostos estupros praticados pelo suspeito armazenado em pen drives, que serão averiguados para ajudar a identificar as vítimas. Homem também é suspeito de participar de fóruns online de compartilhamento de pornografia infantil e de material de abuso sexual.
Como não teve a identidade divulgada, não foi possível localizar sua defesa para pedir posicionamento. O espaço segue aberto para manifestação. O suspeito foi levado para o sistema prisional do Tocantins e está à disposição da Justiça.
NÃO TOLERE VIOLÊNCIA, SAIBA COMO PEDIR AJUDA
O Ligue 190 é o número de emergência indicado para quem estiver presenciando uma situação de agressão. A Polícia Militar poderá agir imediatamente e levar o agressor a uma delegacia.
Também é possível pedir ajuda e se informar pelo número 180, do governo federal, criado para mulheres que estão passando por situações de violência. A Central de Atendimento à Mulher funciona em todo o país e também no exterior, 24 horas por dia. A ligação é gratuita.
O Ligue 180 recebe denúncias, dá orientação de especialistas e encaminhamento para serviços de proteção e auxílio psicológico. Também é possível acionar esse serviço pelo WhatsApp. Nesse caso, acesse o (61) 99656-5008.