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O valor médio transferido por beneficiário é de R$ 100. Entre os apostadores, 70% são chefes de família - ou seja, aqueles que de fato recebem o benefício - e enviaram R$ 2 bilhões (67%) por Pix para as bets. O Banco Central utilizou para a pesquisa o número de cadastrados de dezembro de 2023, dentre os quais 17% apostaram.
"Esses resultados estão em linha com outros levantamentos que apontam as famílias de baixa renda como as mais prejudicadas pela atividade das apostas esportivas. É razoável supor que o apelo comercial do enriquecimento por meio de apostas seja mais atraente para quem está em situação de vulnerabilidade financeira", diz o BC.
"O BCB está atento ao tema e precisa ainda de mais dados e tempo para avaliar com maior robustez suas implicações para a economia, a estabilidade financeira e o bem-estar financeiro da população", diz a nota técnica, elaborada pelo BC após solicitação do senador Omar Aziz (PSD-AM).
Mais cedo, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, demonstrou preocupações sobre o assunto. "É um tema muito relevante e que tem sido falado, sobre o comprometimento da renda das famílias nesses sites de apostas", disse durante a Brazil Conference, do Banco Safra, em São Paulo.
De acordo com Campos Neto, o crescimento dessas casas de apostas é uma questão que preocupa o Banco Central, como antecipou o Estadão/Broadcast. Ele reforçou, no entanto, que o trabalho no BC nesta questão deve se limitar a ajudar o governo e o Congresso com dados.
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