Nos EUA, Lula diz que Netanyahu promove 'genocídio'

Para o presidente, os países que dão sustentação ao discurso do primeiro-ministro Netanyahu precisam começar a fazer um esforço maior para que esse genocídio pare.

© Getty

Mundo Nova York 25/09/24 POR Agência Brasil

Em seu último compromisso na 79ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), em Nova York, nesta quarta-feira (25) o presidente Luiz Inácio Lula da Silva condenou o conflito entre Israel e o Hezbollah no Líbano.

“É importante a gente lembrar que no Líbano o total de mortos é 620 pessoas. É o maior número de mortos desde a guerra civil que durou entre 1975 e 1990. É importante lembrar também que morreram 94 mulheres e 50 crianças, 2.058 pessoas feridas e 10 mil pessoas forçadas a recuar e esvaziar suas casas”, disse Lula em coletiva de imprensa.

Ele lembrou que na Cisjordânia já morreu muita gente, com 5.700 pessoas feridas.

“Além do que eu chamo de genocídio na Faixa de Gaza. É importante lembrar que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu foi julgado pelo Tribunal Internacional que julgou Vladimir Putin e ele está condenado da mesma forma que o Putin. É importante lembrar que já foram feitas várias discussões aqui no Conselho de Segurança da ONU, várias tentativas de paz e de cessar-fogo foram aprovadas e que ele não cumpre”, acrescentou.

Para o presidente, os países que dão sustentação ao discurso do primeiro-ministro Netanyahu precisam começar a fazer um esforço maior para que esse genocídio pare porque o mundo está numa situação de um lado cuidando do planeta para ter melhor qualidade de vida e reduzir o gás de efeito estufa, e de outro lado os seres humanos se matando.

“Portanto eu condeno de forma veemente esse comportamento do governo de Israel que eu tenho certeza que a maioria do povo de Israel não concorda com esse genocídio. Também estamos brigando para libertar os reféns do Hamas. Não tem sentido fazer reféns pessoas inocentes. É importante que o Hamas contribua para que haja mais eloquência para liberar os reféns. Eu acho que a humanidade não pode conviver e aceitar como normalidade o que está acontecendo em Israel, na Faixa de Gaza, no Líbano, na Cisjordânia”, disse Lula.

Lula reiterou o posicionamento do Brasil da necessidade de renovação das Nações Unidas para que ela possa resolver conflitos que hoje estão à deriva porque não tem governança global no mundo.

“Se a gente não renovar a ONU, colocando mais representatividade de mais continentes, a geopolítica de hoje é diferente da de 1945, a importância dos países também é diferente para mais ou para menos. Então o que estamos defendendo é que haja uma nova geopolítica para que a gente possa ter a totalidade dos continentes representados na ONU, inclusive no Conselho de Segurança acabando com o direito de veto e aumentando o poder de comando das Nações Unidas”, afirmou o presidente.

PUB

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

Mundo Gisèle Pelicot 25/09/24

Militar confessa ter estuprado mulher dopada pelo marido no dia do parto

Mundo Titan 25/09/24

Novas imagens dos destroços do submarino Titan são divulgadas; veja

Mundo Acusação 25/09/24

Meses após morte do filho, ex-sogro de Diana foi acusado de abuso sexual

Mundo EUA 25/09/24

Uma pessoa é morta a tiros em sequestro de ônibus em Los Angeles

Mundo Inglaterra 25/09/24

Passageiro sofre parada cardíaca e morre durante voo para a Liverpool

Mundo Neve 25/09/24

Nevascas na África do Sul causam mortes, bloqueios e prejuízos agrícolas

Mundo Mísseis Sarmat 25/09/24

Imagens revelam "falha catastrófica" em testes de novos mísseis na Rússia

Mundo ONU 25/09/24

Governo Lula diz ter quitado todas as dívidas do Brasil com a ONU

Mundo Israel 25/09/24

Hezbollah lança míssil contra Tel Aviv após morte de comandante

Mundo Nações Unidas 24/09/24

Criticada por Lula pela falta de mulheres, ONU pode escolher 1ª chefe em 2026