© Tânia Rêgo / Agência Brasil
ALÉXIA SOUSARIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Faltando pouco mais de uma semana para as eleições municipais de 2024, a Polícia Federal apreendeu nos últimos dias R$ 2,37 milhões em espécie em casos no Ceará e em Alagoas, com suspeita de que o dinheiro seria usado para compra de votos na campanha.
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Nesta sexta-feira (27), os agentes federais apreenderam R$ 500 mil em espécie em Ponta Verde, bairro nobre de Maceió. Um suspeito, que não teve o nome divulgado, foi levado para a sede da PF para prestar esclarecimentos. De acordo com os policiais, o homem estava com o dinheiro "sem aparente origem lícita ou justificativa plausível para o transporte".
Um inquérito foi aberto para apurar possíveis crimes de relacionados a compra de votos, falsidade ideológica eleitoral e lavagem de dinheiro.
A ação foi desencadeada após a PF receber a denúncia de que uma pessoa realizaria o saque de uma grande quantia para ser utilizada na compra de apoio eleitoral para as eleições no dia 6 de outubro.
Também foi por meio de denúncias sobre o transporte irregular de valores que a Polícia Federal apreendeu R$ 1,6 milhão, que seriam utilizadas para a compra de votos no Ceará.
Na quinta-feira (26), os agentes localizaram dois suspeitos com R$ 500 mil em espécie no município de Juazeiro do Norte (a 500 km de Fortaleza). Ambos foram conduzidos à sede da PF na cidade para prestar esclarecimentos.No dia anterior, duas operações distintas da Polícia Federal em Fortaleza também apreenderam um suspeito com R$ 437 mil no centro da cidade. Na segunda, foram apreendidos R$ 600 mil no bairro Papicu. As duas apreensões ocorreram na quarta-feira (24).
Na cidade de São Gonçalo do Amarante, na região metropolitana de Fortaleza, os agentes federais encontraram uma quantia de R$ 150 mil escondida em uma sacola localizada aos pés do passageiro, na segunda-feira (23). A apreensão ocorreu durante uma abordagem após denúncias recebidas da população.
Além do dinheiro, foram encontrados também materiais de campanha eleitoral, uma lista de eleitores, documentos diversos e mídias digitais.
De acordo com a PF, ainda não foram confirmadas a origem e o destino dos valores, mas apreensões, estão sendo investigadas como possível crime de corrupção eleitoral.