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SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Barrada pelo governo federal para operar no Brasil, a Esportes da Sorte terá de pagar multa de R$ 100 milhões caso o Corinthians decida rescindir o contrato de patrocínio.
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O Corinthians pode encerrar a parceria a qualquer momento, se houver nulidade da concessão ou cassação da licença de operação da Esportes da Sorte. As informações constam no artigo 5.2 do contrato.
Neste caso, o clube receberia o valor multimilionário de rescisão em até 10 dias contados da data de rescisão, independentemente de notificação nesse sentido.
O documento também aponta uma série de questões que justificariam uma rescisão sem ônus ao Corinthians, inclusive prevenção à lavagem de dinheiro e antitruste, previstas na cláusula anticorrupção. Atualmente, Darwin Henrique Silva Filho, dono da Esportes da Sorte, é um dos principais investigados pela Operação Integration, da Polícia Civil de Pernambuco.
A Esportes da Sorte é responsável pela maior parte do pagamento do salário de Memphis Depay, a principal contratação da temporada. Dos R$ 70 milhões previstos no acordo do atacante, a empresa é responsável por R$ 57 milhões.
ENTENDA O CASO
A Esportes da Sorte não está na lista das bets autorizadas a operar no Brasil a partir de 11 de outubro. Ao todo, são 193 sites regularizados, ligados a 89 empresas diferentes.
Ela deve sair do ar até dia 11 de outubro, segundo o Ministério da Fazenda. A Esportes da Sorte afirma que cumpriu com todas as exigências desde o dia 20 de setembro e busca retificação, mas a reportagem apurou que a empresa não adotou as medidas necessárias dentro do prazo estipulado pelo governo federal.
Outras bets que patrocinam times das duas primeiras divisões do futebol brasileiro também foram barradas. São elas: Stake (Juventude), Betvip (Sport), Dafabet (Guarani) e Reals (Amazonas e Coritiba).